Tempo de espera para cirurgias aumenta
Apesar de o número de operações ter crescido em 2016, não foi suficiente para responder à lista de espera.

Ainda que 2016 tenha sido o ano com a maior atividade cirúrgica de sempre, não foi suficiente para responder às necessidades dos utentes. Foram efectuadas 568 mil operações, valor mais alto registado desde que foi criado o sistema integrado de gestão de inscritos em cirurgia, em 2004. O valor equivale a mais 1,5% do que em 2015 e a mais 65 mil cirurgias do que em 2011. No entanto, no final do ano, mais de 200 mil pessoas ainda aguardavam, entre elas 4460 doentes com casos de neoplasia maligna (cancro).
Desde 2011 que o tempo de espera para cirurgia não era tão elevado. Em 2016, o tempo médio correspondeu a 3,3 meses. Para 15% dos inscritos, 31 mil pacientes, foi ultrapassado o tempo máximo de resposta previsto. Ainda assim, no caso das cirurgias em doentes prioritários, o tempo de espera diminuiu bastante. O ano passado 22 mil doentes inscreveram-se na lista de espera e foram operados imediatamente, passando à frente de muitas pessoas que aguardavam há mais tempo.

O ano passado foi o ano em que se registaram um maior número de inscrições na lista para cirurgia desde que foi constituído o Sistema de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC). Além disso, em 2016 também cresceu o número de consultas não presenciais (em 6%) e os domicílios médicos (em mais de 1%). Já as consultas hospitalares cresceram 0,4%, fator que revela que existe um aumento da procura de hospitais do SNS. Ainda assim, um tempo de espera para cirurgia demasiado longo pode provocar efeitos nocivos na saúde ou até revelar-se fatal.
Segundo o Relatório Síntese da Atividade Cirúrgica Programada (2015), os hospitais onde se registam tempos de espera menores para cirurgia são os Institutos Portugueses de Oncologia (de Lisboa, Coimbra e Porto), o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures (1,63 meses), o Hospital de Cantanhede (1,67 meses), o Hospital de Vila Franca de Xira (1,83 meses), o Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa (1,90 meses) e o Centro Hospitalar de São João, no Porto (2,23 meses). Já aqueles onde os doentes esperam por mais tempo são o Hospital Distrital de Santarém, onde a média de tempo de espera é de 4,80 meses, e o Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo, onde se espera, em média, 4,27 meses.
A partir de janeiro de 2018 entra em vigor uma nova portaria aprovada este ano que reduz os tempos máximos de respostas para os casos de prioridade normal, passando de 270 para 180 dias. Apesar de serem mantidos os cerca de três meses até agora praticados, esta portaria vai trazer maior igualdade entre os utentes nas listas e permitir que o SNS meça o tempo de espera de um utente em todo o trajeto no hospital.

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