Olivia Cooke, de Casa do Dragão: "Quando estamos no set, sentimos que estamos neste mundo de fantasia"

Na prequela de A Guerra dos Tronos, a atriz de 28 anos veste a pele de Alicent Hightower, a melhor amiga de Rhaenyra Targaryen, a herdeira ao Trono de Ferro. Em entrevista, partilha a sua experiência no universo de George R.R. Martin, levado ao ecrã por Ryan J. Condal.

Olivia Cooke em 'Casa do Dragão' (2022)
28 de setembro de 2022 às 12:00 Máxima

Uma das séries que gerou mais hype em 2022 é a Casa do Dragão, uma prequela d'A Guerra dos Tronos que já está na HBO. House of the Dragon, no original, acontece 172 anos antes do início de A Guerra dos Tronos. Escrita por George R.R. Martin – o autor dos livros de A Guerra dos Tronos – em parceria com Ryan J. Condal, a série conta a história da Casa Targaryen. Uma conversa com Olivia Cooke, Alicent Hightower na série, melhor amiga de Rhaenyra Targaryen.

Que personagem/papel está a protagonizar em Casa do Dragão?

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    Faço de Alicent Hightower. É a filha da Mão do Rei, Otto Hightower [Rhys Ifans]. Tem sido a melhor amiga de Rhaenyra Targaryen desde que eram bebés - cresceram juntas porque a Rhaenyra é filha do rei e o seu herdeiro ao trono.

    Que tipo de pessoa é que ela é?

    Depende da versão da personagem de que estamos a falar. Porque existem duas versões: há a versão que a Emily [Carey] interpreta e depois há a versão que eu interpreto. Na minha versão, penso que ela encontrou realmente a sua própria autonomia dentro da sua esfera, e do seu papel no reino.

    Foto: HBO MAX

    Ela está a aperceber-se de que tem muito mais poder do que pensava. Acredita que o papel dela é guiar cuidadosamente, e moldar e nutrir estes homens que estão à sua volta; enquanto Rhaenyra tem pontos de vista completamente opostos.

    O que lhe agradou nos guiões?

      Em A Guerra dos Tronos, temos a Cersei, temos a Arya... são papéis realmente muito subtis e [ao mesmo tempo] exigentes. Parece que Casa do Dragão seguiu na mesma linha dessas personagens... Os guiões são muito, muito, muito bons. Acho que é isso que me atrai sempre para um projeto. Não tinha visto A Guerra dos Tronos antes de fazer a audição para a série, então foi apenas uma questão de falar com o Miguel [Sapochnik] e com o Ryan [Condal] também, descobrir o que eles queriam fazer, o que iria ser diferente e o que iria ser igual. Simplesmente parecia algo excitante: eu sei que isto é uma prequela, mas parecia ser algo muito refrescante e novo, também.

      Como se preparou para o papel?

        Enviaram-me o máximo de guiões que eles tinham e depois fiz uma maratona d'A Guerra dos Tronos e li o livro [Fogo e Sangue de George RR Martin]. Os guiões e o livro são uma espécie de um belo casamento: podemos ler o livro e depois assistir à série, e depois ficamos com informação sobre todas estas personagens e vice-versa.

        O que eles extrapolaram do livro foi realmente excitante e entusiasmente. A graça deste livro é que é uma história oral, baseada nos relatos de várias personagens, então há muito dele que é muito pouco fiável. Logo, os escritores e os atores podem trabalhar dentro disso, desde que o esqueleto e a base estejam lá.

        Foto: HBO MAX

        Qual foi a escala da produção?

        Foi bizarro, porque eles construíram mesmo o Red Keep. Estou no meu vestido e com o todo aquele cabelo posto, e estou a caminhar pelo castelo e andamos pelo pátio, entramos nas pequenas câmaras, aposentos e salas do conselho, saímos, subimos as escadas, damos a volta à varanda até aos aposentos da rainha, e podemos sair de novo e ir aos aposentos do rei. Estava tudo lá - tão prático! E depois eles tinham estas tapeçarias Targaryen nas paredes, tudo incrivelmente detalhado. Foi incrível e para lá do que poderia ter imaginado. Soa cliché, mas quando estamos no set, sentimos mesmo que estamos neste mundo de fantasia. É também bastante surreal, de certa forma.

        Que conselho daria a um recém-chegado que se deparasse com um dragão?

        Há muito vento, por isso, talvez que fechasse os olhos. Não façam o que eu faço quando a minha personagem se mete à frente de um dragão - simplesmente corram. Oh, e eu recomendaria que se escondessem atrás de algo que pareça à prova de fogo.

        Como é o look de Alicent e como foi usar as suas roupas e maquilhagem?

        Incrivelmente limitado! Era o meu cabelo [na série], mas depois usava extensões para torná-lo mais longo e, juro por Deus, que fiquei com um nervo comprimido de as usar! E depois havia aquele vestido lindíssimo, mas era muito pesado, porque estava suspenso apenas sobre os ombros. Então, foi bastante doloroso, na realidade!

        Foto: HBO MAX

        Casa do Dragão é uma prequela de A Guerra dos Tronos. Como é que se relaciona com o seu antecessor?

          É definitivamente do mesmo mundo, mas acho que é mais nuclear do que Guerra dos Tronos. É mais isolado e claustrofóbico: gira em torno de apenas uma família nesta temporada. Tudo tem a ver com a sucessão ao trono e até que ponto estas pessoas irão para terem o que desejam. Mas acho que é tão abrangente, e tão cinemático, como A Guerra dos Tronos - temos o Miguel Sapochnik como nosso diretor e produtor. Ele realizou a Batalha dos Bastardos e a Longa noite [episódios d'A Guerra dos Tronos]. Podem imaginar a sua estética ao longo dos dez episódios [de Casa do Dragão].

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