Globos de ouro: a passadeira negra (e o que isso significa)

Há uma razão para que a cerimónia dos aclamados prémios Globos de Ouro seja diferente: espera-se que toda a gente se vista de preto.

07 de janeiro de 2018 às 22:49 Rita Silva Avelar

Chegou o dia: a 75ª edição da cerimónia de prémios de cinema Globos de Ouro tem tudo para ser diferente e marcar pela positiva. Espera-se que mais de 300 pessoas ligadas à indústria do cinema apoiem o projeto "Time's Up" que pretende assinalar a luta contra o assédio sexual, no trabalho e não só, adirindo à escolha do preto como dress code da gala - para unir Hollywood e mostrar a solidariedade para com as vítimas.

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Tudo começou em outubro, quando o The New York Times chocou o mundo (e ainda bem) ao revelar que o maior produtor de Hollywood, Harvey Weinstein, assediou sexualmente, e durante décadas, dezenas de mulheres ligadas à indústria do Cinema e não só, como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Rose McGowan. As vozes continuam a insurgir-se até hoje, seja como vítimas do próprio Weinstein (ainda recentemente Salma Hayek e Uma Thurman contaram as suas histórias), como de testemunhas ou apoiantes através do movimento #MeToo. O destapar do caso levou também a outra avalanche de denúncias que envolveram mais nomes sonantes do cinema, da música ou da moda como Kevin Spacey, Terry Richardson, James Toback ou Bill O’Reilly.

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Mas de que se trata o Time’s Up? A atriz Reese Witherspoon e a designer Arianne Phillips desenharam este pin preto e branco com as palavras "Time’s Up" para virar todas as atenções para o fundo Time's Up Legal Defense Fund, que se destina a ajudar vítimas de assédio sexual. O fundo, administrado pela organização sem fins lucrativos National Women’s Law Center, vai "providenciar apoio legal subsidiado para ajudar mulheres e homens que tenham experienciado assédio sexual, violação, ou abuso em local de trabalho", segundo informa a página oficial da iniciativa. A ideia de vestir de preto foi da atriz Rose McGowan, também ela uma vítima de Weinstein e das primeiras a denunciar o caso. A página da iniciativa Time’s Up pode ser vista aqui

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