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Timothée Chalamet vai doar o que recebeu pelo filme de Woody Allen ao movimento Time’s Up

O ator é mais uma das vozes críticas em relação ao realizador.

Foto: Getty Images
17 de janeiro de 2018 às 10:15 Andreia Rodrigues
O ator norte-americano Timothée Chalamet vai doar o salário que recebeu pela participação no mais recente filme de Woody Allen, A Rainy Day in New York. O dinheiro é destinado à campanha Time’s Up, ao The LGBT Center, em Nova Iorque, e à RAINN, uma organização que apoia vítimas de violência sexual.
Chalamet anunciou a sua decisão através de um post no Instagram, onde escreve que "este ano mudou a forma como vejo e me sinto acerca de muitas coisas: tem sido uma educação emocionante e, por vezes, iluminada. Eu tenho, até este ponto, escolhido projetos a partir da perspetiva de um jovem ator que está a tentar seguir os passos de atores mais experientes que admiro. Mas estou a aprender que um bom papel não é o único critério para aceitar um trabalho – isso tornou-se muito mais claro para mim nos últimos meses, ao testemunhar o nascimento de um movimento poderoso com a intenção de acabar com a injustiça, a desigualdade e, acima de tudo, o silêncio".
O ator de 22 anos conclui a sua mensagem dizendo: "Eu quero ser merecedor de estar lado a lado com as artistas corajosas que estão a lutar para que todos sejam tratados com o respeito e dignidade que merecem."  
Na semana passada, Rebecca Hall, com quem Chalamet contracenou, mostrou-se arrependida por ter participado no filme, após ter lido a história de Dylan Farrow. Revelou também que iria doar o seu salário do filme à campanha Time’s Up. 
Também Greta Gerwig, que participou, em 2012, no filme de Allen, To Rome with Love, afirmou ao New York Times que não vai voltar a trabalhar com ele, acrescentando que "se eu soubesse antes o que sei agora, não tinha participado no filme". Outra atriz a manifestar-se foi Mira Sorvino, com quem Woody Allen trabalhou em Mighty Aphrodite, que escreveu uma carta aberta a pedir desculpas a Dylan Farrow e anunciou que não volta a trabalhar com o realizador.
Depois do escândalo que envolveu Harvey Weinstein, Dylan Farrow publicou uma coluna no Los Angeles Time, onde perguntava porque é que Hollywood e a revolução #MeToo tinham "poupado" Woody Allen e o motivo pelo qual os atores e os estúdios continuavam a trabalhar com ele. O realizador é acusado de ter abusado sexualmente da filha adotiva, quando esta era criança. Woody Allen sempre negou as acusações.
Depois de na semana passada ter sido revelado que recebeu 1,5 milhões de dólares por regravar cenas do filme All The Money in the World contra os 1.000 dólares recebidos pela colega Michelle Williams, o ator Mark Wahlberg também decidiu doar o valor que lhe foi pago ao movimento Time’s Up.
 

 

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