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Prazeres

De drogaria a restaurante de bairro

Este não é mais um restaurante cool lisboeta. É um recanto cheio de histórias, encantos e iguarias portuguesas para provar enquanto se brinda ao desconfinamento.

11 de agosto de 2020 às 07:00 Rita Silva Avelar

Quando Paulo Aguiar morava na rua Joaquim Casimiro, uma pequena artéria que se distingue pela bonita escadaria tapada por árvores, paralela à Infante Santo, deslocava-se com frequência ao número 8 a pedido da mãe. A sua missão era comprar detergentes, guarnições, produtos de higiene… Ou seja, tudo aquilo que se encontrava nas antigas drogarias.

Ia, portanto, fazer os "recados" à drogaria do Sr. Albino. Aquela memória ficou-lhe, sem na altura sonhar que seria às suas mãos que aquele recanto cheio de histórias e de vida se transformaria num restaurante. O Drogaria abriu portas há cerca de um ano, mas é aos poucos que vai sendo conhecido ali no bairro - a meio da Lapa e da Pampulha, como descreve o proprietário - e também por Lisboa inteira.

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Para além de drogaria, esta era também a casa dos antigos proprietários, a chamada "casa do lojista", como era habitual na Lisboa da época. O atual interior foi decorado pelo arquiteto Rui Erhart, que trouxe para o restaurante um pouco da Lisboa dos anos sessenta, com toques parisienses, luz baixa, decoração minimalista e os tons das paredes contemporâneos.

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A carta do Drogaria foi renovada pelas mãos do talentoso e jovem chef David Casaca, em conjunto com as memórias de viagens de Paulo e da sua experiência fora de Portugal, apresentando iguarias como croquetes de bacalhau com natas ou de rabo de boi (€8, quatro), gyozas de cozido à portuguesa (€8,50) ou carapau curado com coentros, malagueta, pickles e ervas (€8,50). Isto só para começar

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O chef começou a cozinhar com apenas 16 anos e aos 18 já estava na Bica do Sapato (o contrato foi, aliás, um presente de aniversário oferecido por António Alexandre, chef executivo na altura). Dois anos volvidos, muda-se para junto de João Sá no Assinatura, e mais tarde torna-se braço direito do chef Nuno Diniz na York House, Tágide e Rota das Sedas. Esteva no Ritz Four Seasons até ao início da pandemia, que lhe trocou as voltas mas fê-lo chegar ao leme d’O Drogaria, a fervilhar de ideias e energia. Expressas precisamente em deliciosos pratos como bacalhau à brás com azeitona bical, batata nova e gema (€15) ou bochechas de porco com xerém de berbigão (€19). Esmera-se com distinção nas criativas sobremesas, como é disso exemplo a pera com champanhe e açafrão (€6) ou a clássica mousse de chocolate negro (€5).

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Entre as novidades do restaurante estão a Happy Hour e a esplanada aberta a partir das 17h, um convite aos fins de tarde amenos com um bom copo de vinho. Por falar nisso, vale a pena espreitar a garrafeira do Drogaria (de Vinha da Urze, do Douro, a Filipa Pato, da Bairrada, passando pelo Dona Maria, do Alentejo, a premissa é a qualidade).

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Onde? Rua Joaquim Casimiro, 8, Lisboa. Quando? De terça-feira a domingo, das 19h às 23h. Reservas 210 145 528/933 755 442 ou reservas@drogaria-restaurante.pt

Restaurante Drogaria.
1 de 3 / Restaurante Drogaria.
Restaurante Drogaria.
2 de 3 / Restaurante Drogaria.
Chef David Casaca e Paulo Aguiar,, o proprietário.
3 de 3 / Chef David Casaca e Paulo Aguiar,, o proprietário.
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