Uma expedição à selva do Atelier Poeira
Criativa por natureza, Mónica Penaguião transformou a pequena loja que fundou nos anos 80 num paraíso do design, que cruza influências vindas de Lisboa, Maputo e São Paulo.
No final de setembro, a concept store Banema Studio, ponto de referência para os amantes da arquitetura, do design e da decoração, celebrou o seu primeiro ano de existência em Lisboa.
A marca que nasceu no Porto em 2016 e viu a sua primeira localização no reconhecido bairro das artes "Miguel Bombarda", decidiu-se pela coragem ao abrir uma segunda loja no ano de 2020, em plena pandemia. E haverá bairro mais ideal do que Campo de Ourique?
Assim, para assinalar este marco, a Banema Studio propôs uma colaboração à ceramista Patrícia Gonçalves da Ramos Cerâmica. Deste bonito diálogo nasceu um set de três peças cativantes ao olhar e ao toque. "Ficam bonitas decoradas de flores, mas que bem que estão quando guardam pequenos tesouros ou seguram incensos cheirosos e objetos miúdos", referiu a artista em comunicado.
As peças ligeiramente toscas e rugosas, como aliás é a sua assinatura, destacam-se pela simplicidade e estética predominantemente minimalista, mas que é tudo menos simples de concretizar. Há uma arte por detrás de cada uma destas criações que só a mais bela e sensível das almas conseguiria captar e fazer nascer.
A inspiração para esta coleção surgiu das sombras das flores que aparecem no interior do seu atelier. Por sua vez a mestria e a técnica pedem que cada peça seja de autor, moldada à mão, sem acesso a moldes demais, daí serem todas ligeiramente diferentes. Outro pormenor que, com certeza, fez a diferença, é o facto de terem sido produzidas num tempo sem pressa, com toda a "delicadeza e paciência que os objetos pequenos nos pedem", diz ainda a artista.
Para Patrícia Gonçalves, tratam-se de "peças para observar, tocar, sentir, acarinhar, espreitar e que gostam de se fazer acompanhar umas das outras."