Quem é o português à frente da direção criativa da Mugler?
A marca francesa prepara-se para um novo rumo com a nomeação de Miguel Castro Freitas. Com uma longa carreira internacional, o designer português será responsável por dar continuidade ao legado da marca.

A Mugler acaba de anunciar a nomeação de Miguel Castro Freitas para o cargo de diretor criativo. O designer português irá suceder Casey Cadwallader, que deixa o cargo após sete anos na marca francesa. Castro Freitas é ainda um nome pouco conhecido na indústria, mas conta já 20 anos de experiência de trabalho em casas de luxo internacionais. Em 2004 estudou na Central Saint Martins – um polo da University of the Arts London –, onde se formou. Começou, então, a trabalhar na Dior, com John Galiano, onde foi chefe de alfaiataria. Mais tarde foi designer na Yves Saint Laurent, diretor de moda da Dries Van Noten e diretor criativo da Sportmarx, do grupo Max Mara, onde esteve nos últimos três anos.


Danièle Lahana-Aidenbaum, presidente da Mugler, destacou a escolha de Miguel como um momento crucial para a marca, afirmando que o designer "vive e respira o espírito Mugler". Por sua vez, o português afirmou sentir-se "honrado por se juntar à Mugler" e entusiasmado com esta oportunidade.
Assume funções já no dia 1 de abril e estrear-se-á nas passerelles no início de outubro com a coleção primavera-verão 2026, na Semana da Moda de Paris. Esta nomeação vem juntar-se à lista de mudanças que tem marcado, nas últimas semanas, a liderança criativa das casas de moda de luxo.
Fundada em 1973 por Manfred Thierry Mugler, a marca tornou-se um nome importante da moda, conhecida principalmente pelos seus designs futuristas e uma abordagem ousada à feminilidade. A Mugler tem igualmente uma assinatura profunda na cultura pop, onde vestiu estrelas como Scarlett Johansson, Kendall Jenner e Dua Lipa. Nos últimos anos, sob a direção de Casey Cadwallader, a marca reforçou a sua ligação com a moda contemporânea, com designs sensuais e inclusivos. Agora é com o designer português que inicia um novo capítulo.

Haider Ackermann estreia-se como diretor criativo da Tom Ford
O que torna certos gestos ou ações tão emocionantes? Porque existem coleções capazes de comover, será porque se aproximam do real ou porque fazem sonhar? O Dicionário de Estilo desta semana foi procurar o lirismo na Moda.
Há fumo branco na Loewe. Mas o que significa o surto de despedimentos e nomeações nas principais casas de moda?
São números chocantes, até para uma indústria onde a única constante é a mudança. Em pouco mais de um ano, quase duas dezenas de diretores criativos abandonaram cargos em algumas das mais importantes marcas de luxo. A chegada de Jack McCollough e Lazaro Hernandez à Loewe é a mais recente manobra nesta “dança de cadeiras”. Num setor pouco acostumado a lidar com quebras de vendas, serão apenas fatores económicos a impulsionar estas mudanças?
Mesh. A tradição da ourivesaria reinventada por uma marca portuguesa
Com uma presença consolidada em Portugal e uma crescente expansão internacional, a Mesh Jewellery tem vindo a afirmar-se como uma referência na joalharia contemporânea e a nova coleção é prova disso.
Intimidade e moda: uma coleção Valentino apresentada numa discoteca utópica
Na última semana da moda de Paris, o designer Alessandro Michele falou-nos de intimidade numa coleção para a Valentino inspirada nos momentos que ocorrem entre desconhecidos nas casas de banho das discotecas. Com o Dicionário de Estilo exploramos este e outros relatos semelhantes, que vão do Studio 54 até à gala do Metropolitan de Nova Iorque.
Este é o impacto da mudança de diretor criativo numa marca de moda
O mundo da moda vive um período de grande turbulência, e os efeitos refletem-se nos números e no mercado. A Gucci é um exemplo claro de como a troca de direção criativa pode ditar tanto o sucesso como o declínio de uma marca.