Como será a primavera de 2023? Fomos a Barcelona descobrir
Conhecêmos em primeira mão a coleção para 2023 da C&A, numa viagem até Barcelona, onde todas as tendências da próxima estação estival foram reveladas.

A temperatura estava amena em Barcelona, o destino eleito para a apresentação da nova coleção da C&A, um contraste bem-vindo face à chuva e frio que se sentia em Lisboa, de onde partimos. Em frente ao hotel onde ficámos hospedados - cuja decoração mediterrânica e tapeçarias artesanais aludiam de imediato ao verão - esperavam-nos purpurinas, peças em cabedal e looks totalmente pretos. Sim, estas são as tendência não deste inverno, mas já da primavera seguinte, e neste caso das coleções da C&A.Nada foi deixado ao acaso, muito menos a location do desfile. A secular adega Codorníu, do mais antigo produtor de vinho e de espumante cava de Espanha, é um marco do modernismo catalão. Os seus tetos abobadados sem fim e os tijolos gastos pela passagem do tempo acolheram-nos num ambiente sofisticado, aliando duas casas ricas em história. Pelo menos desde 1841, no caso da C&A, data em que a empresa têxtil foi fundada.


Luz, câmara, ação!
A primeira coisa que nos captou a atenção foi a vibe citadina de toda a coleção primavera/verão, à qual a marca chamou de Love The Future Again. Peças criadas para mulheres modernas e independentes, vestidas a pensar na Moda do início ao fim do dia, tanto no escritório como numa saída com amigas. Mulheres que gostam de se vestir bem e a preços acessíveis, sem descurar o conforto (imaginamo-las como as personagens principais de O Sexo e a Cidade).



Com essa premissa em mente, a equipa de designers inspirou-se em três macro tendências - "natureza, empoderamento e cura universal" -, expressões que se alinham com os valores de sustentabilidade e inclusão que a marca afirma defender. A paleta neutra de beges e brancos foi invadida, aqui e ali, com apontamentos de cores garridas e primaveris, como laranja, fúcsia, roxo, vermelho e verde, tal flores selvagens do campo.



As silhuetas eram clássicas e intemporais. Destaque para os fatos, muito em voga nas últimas estações, gabardines e peças inspiradas nas mesmas, as clássicas camisas, alguns macacões e vestidos compridos. Detalhes cut out e mangas volumosas (ou apenas one shoulder) davam um toque jovem e descontraído aos looks, enquanto pregas e drapeados enfatizavam a cintura.



Quanto aos tecidos, o foco foram os mais naturais e sustentáveis, como o algodão biológico, o voile e o linho, bastante confortáveis ao toque, mas também sarja, poliéster e nylon reciclado, entre outros.




E não é só…

Mais do que um simples desfile, esta apresentação assemelhou-se a uma exposição de museu, onde pudemos apreciar e olhar para as linhas de vestuário na sua totalidade, dos acessórios aos fatos de banho, passando pelas roupas masculinas e àquelas direcionadas para o público mais jovem. Espalhados estrategicamente pela adega, os manequins fictícios vestiam as novas peças, o que nos deu a liberdade para investigar todos os detalhes, linhas e pregas das mesmas, tal como os consumidores o fazem nas lojas. Afinal, a qualidade é um dos segredos, senão o principal, que nos faz comprar (ou não) uma peça.


