Atumuta Studio: a marca portuguesa que tem vestidos para guardar para sempre
Aliando a estética contemporânea a antigas técnicas artesanais, a Atumuta Studio promove uma visão sustentável do que poderá vir a ser o futuro da indústria da Moda. Conversa com Raquel Santos, designer e criadora da marca.
Mais do que uma marca de roupa, a Atumuta Studio é um compromisso para com o futuro, tanto do planeta como o do próprio ser humano, conta-nos Raquel Santos, designer de Moda e criadora da marca. Defensora de slow fashion, sempre pensou que se tivesse uma marca lhe daria uma abordagem sustentável, criando peças únicas e intemporais, através de técnicas artesanais, sempre com uma forte ligação à Natureza.
"A Atumuta Studio nasceu de uma das minhas viagens, desta vez à Índia, em 2019", começa por dizer Raquel em conversa com a Máxima. "A Índia sempre foi um sítio com o qual tenho uma ligação forte. As cores, os cheiros, a comida, as pessoas, toda a parte espiritual e forma de ver o mundo fascina-me. É mágico."


Foi durante esta aventura que a designer teve a oportunidades de ver de perto o trabalho minucioso de artesãos que, a partir de um pouco de tecido, tingimento e técnicas artesanais, criavam bonitos trabalhos feitos à mão. "Sempre gostei de peças únicas, sempre comprei peças vintage e tenho muitas que eram da minha mãe e da minha avó - roupa de qualidade que passa de geração em geração. E como designer tive sempre vontade de criar uma marca onde esta fosse intemporal e durasse uma vida no armário."
Atumuta deriva da palavra mutações, um dos alicerces que dá identidade à marca; o movimento e a liberdade, a constante mudança dos tempos, mas tendo em conta as nossas raízes, explica Raquel.


Como tal, "as nossas peças são todas produzidas em Portugal num estúdio por um pequeno grupo de costureiras que me acompanham, mesmo antes de ter criado a marca", afirma. "Os tecidos são provenientes de vários países, especialmente da Índia, Portugal e Peru, e a nossa preocupação é utilizar fibras naturais, orgânicas, materiais reciclados e artesanais e também utilizar dead stock. Ou seja, tecidos que não seriam mais usados, e que assim ganham uma nova vida. Desta forma, promovemos o trabalho local e temos a certeza de onde vêm os produtos e de quem os faz."
A nova coleção – Grounded - segue o mesmo rumo. Inspirada em destinos exóticos, destaca-se pela versatilidade e intemporalidade das peças, das malhas orgânicas aos tingimentos naturais e crochet. O resultado é uma fusão de gypsy sexiness com um toque rústico, oferecendo ao mesmo tempo conforto e leveza. A paleta de neutros e cores da terra, como beges, castanhos, verdes e terracota, permitem looks místicos e ideais para os meses mais quentes do ano.


Em todas as minhas viagens pesquiso sobre técnicas antigas, sobre a cultura, as cores [desse lugar] e tento transportá-las ao máximo para as coleções de forma a transmitir essas sensações e experiências", conta."Podemos estar em qualquer parte do mundo, apenas vestindo uma peça-chave. O segredo está na reconexão que fazemos connosco próprios e com as roupas que utilizamos, estas podem ter o poder de teletransportar-nos".
Foi esta "possibilidade infinita de recriar e expandir a mente e a nossa imaginação" que fez com que Raquel se apaixonasse por Moda, e conseguisse ultrapassar muitos dos problemas que a indústria em questão gera, tal como a falta de sustentabilidade. "Tudo à nossa volta é inspiração, desde técnicas antigas a novas ideias e tecnologias. Poder explorar e criar é o que mais me motiva."


Grounded encontra-se disponível online e em lojas físicas (Comporta, Lagos, Porto, Caparica e Oslo, Noruega).

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