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Moda / Tendências

Atumuta Studio: a marca portuguesa que tem vestidos para guardar para sempre

Aliando a estética contemporânea a antigas técnicas artesanais, a Atumuta Studio promove uma visão sustentável do que poderá vir a ser o futuro da indústria da Moda. Conversa com Raquel Santos, designer e criadora da marca.

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Coleção Grounded
20 de julho de 2022 às 07:00 Ana Filipa Damião

Mais do que uma marca de roupa, a Atumuta Studio é um compromisso para com o futuro, tanto do planeta como o do próprio ser humano, conta-nos Raquel Santos, designer de Moda e criadora da marca. Defensora de slow fashion, sempre pensou que se tivesse uma marca lhe daria uma abordagem sustentável, criando peças únicas e intemporais, através de técnicas artesanais, sempre com uma forte ligação à Natureza.

"A Atumuta Studio nasceu de uma das minhas viagens, desta vez à Índia, em 2019", começa por dizer Raquel em conversa com a Máxima. "A Índia sempre foi um sítio com o qual tenho uma ligação forte. As cores, os cheiros, a comida, as pessoas, toda a parte espiritual e forma de ver o mundo fascina-me. É mágico."

Foto: Atumuta Studio

Foi durante esta aventura que a designer teve a oportunidades de ver de perto o trabalho minucioso de artesãos que, a partir de um pouco de tecido, tingimento e técnicas artesanais, criavam bonitos trabalhos feitos à mão. "Sempre gostei de peças únicas, sempre comprei peças vintage e tenho muitas que eram da minha mãe e da minha avó - roupa de qualidade que passa de geração em geração. E como designer tive sempre vontade de criar uma marca onde esta fosse intemporal e durasse uma vida no armário." 

Atumuta deriva da palavra mutações, um dos alicerces que dá identidade à marca; o movimento e a liberdade, a constante mudança dos tempos, mas tendo em conta as nossas raízes, explica Raquel.

Foto: Atumuta Studio

Como tal, "as nossas peças são todas produzidas em Portugal num estúdio por um pequeno grupo de costureiras que me acompanham, mesmo antes de ter criado a marca", afirma. "Os tecidos são provenientes de vários países, especialmente da Índia, Portugal e Peru, e a nossa preocupação é utilizar fibras naturais, orgânicas, materiais reciclados e artesanais e também utilizar dead stock. Ou seja, tecidos que não seriam mais usados, e que assim ganham uma nova vida. Desta forma, promovemos o trabalho local e temos a certeza de onde vêm os produtos e de quem os faz."

A nova coleção – Grounded - segue o mesmo rumo. Inspirada em destinos exóticos, destaca-se pela versatilidade e intemporalidade das peças, das malhas orgânicas aos tingimentos naturais e crochet. O resultado é uma fusão de gypsy sexiness com um toque rústico, oferecendo ao mesmo tempo conforto e leveza. A paleta de neutros e cores da terra, como beges, castanhos, verdes e terracota, permitem looks místicos e ideais para os meses mais quentes do ano.

Foto: Atumuta Studio

Em todas as minhas viagens pesquiso sobre técnicas antigas, sobre a cultura, as cores [desse lugar] e tento transportá-las ao máximo para as coleções de forma a transmitir essas sensações e experiências", conta."Podemos estar em qualquer parte do mundo, apenas vestindo uma peça-chave. O segredo está na reconexão que fazemos connosco próprios e com as roupas que utilizamos, estas podem ter o poder de teletransportar-nos".

Foi esta "possibilidade infinita de recriar e expandir a mente e a nossa imaginação" que fez com que Raquel se apaixonasse por Moda, e conseguisse ultrapassar muitos dos problemas que a indústria em questão gera, tal como a falta de sustentabilidade. "Tudo à nossa volta é inspiração, desde técnicas antigas a novas ideias e tecnologias. Poder explorar e criar é o que mais me motiva."

Foto: Atumuta Studio

 Grounded encontra-se disponível online e em lojas físicas (Comporta, Lagos, Porto, Caparica e Oslo, Noruega).

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