A primeira, apresentada no cais da Alfândega do Porto, fala-nos de memórias de férias passadas na praia do Furadouro. Durante o desfile, somos cercados por sons ambiente da costa, como o rebentar das ondas, crianças a brincar e gaivotas. Ouvimos a buzina dos barcos e o apregoar do vendedor de bolas de Berlim.
A designer materializou as suas recordações em peças de construção gráfica, estampados divertidos e cores primárias, como o azul, o vermelho e o amarelo, tudo criado a partir de materiais reciclados e orgânicos.
Aqui encontramos sweatshirtsoversized, vestidos longos, camisolas e calções. Destaque para os coordenados largos em turco remetem para a saída da água fria das praias nortenhas.
Foto: PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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Quanto aos padrões, não poderiam faltar as riscas, que são aqui apresentadas horizontal e verticalmente, uma clara referência às camisolas de marinheiro ou às barraquinhas da praia. Reconhecemos ainda o brocado das colchas florais que cobriam camas de casas de pescadores.
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Também o logotipo de Maria Gambina é aqui apresentado de uma forma inovadora, com a aplicação do patch M servido na vertical, formando um E.
Uma hora depois, Katty Xiomara funambulava a vida com a sua nova proposta de verão, inspirada por esta arte. Segundo a criadora, esta coleção é uma forma de definirmos o nosso caminho na corda bamba do dia a dia, onde o estado habitual é o desequilíbrio.
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Em tons do céu, algum rosa pálido e beges, o conjuntos mostram peças contrastantes - umas mais leves e volumosas, criadas com tecidos transparentes como o tule, e outras mais justas e com corte a direito.
Foto: PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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Os looks simples e românticos são adornados com plissados, folhos e bordados. Quanto a padrões, destacam-se as linhas finas e os desenhos abstratos dos vestidos.
Após a participação na semana de Moda de Milão, Alexandra Moura mostrou no Porto a coleção Trust Your Vision, baseada nos diversos conceitos e visões que serviram de referência ao longo dos quase vinte anos da marca.
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Foto: PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
Acompanhados por uma forte batida eletrónica, os modelos que desfilavam pela passerelle envergavam coordenados com estéticas opostas -punk vs romantismo e urbano vs clássico - e onde sobressaiam as assimetrias, as sobreposições, os cut outs, as malhas e os conjuntos do avesso.
Foto: PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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Em outfits descontraídos e urbanos encontramos texturas igualmente intensas e variadas, como algodão, viscose, jacquard turco, renda, cetim e pele falsa. Na paleta de cores predominavam o rosa, o azul, o bege e o preto.
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E para encerrar uma edição de Portugal Fashion focada na sustentabilidade e no futuro, a dupla José Manuel Gonçalves e Manuel Alves deslumbrou com propostas pouco óbvias como peças de vestuário assentes no experimentalismo sem perder a elegância.
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Foto: PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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As silhuetas irreverentes vestiram-se de folhos e lantejoulas, drapeados e plissados. Entre tecidos verniz, tule e denim, vimos padrões geométricos e estampados com estrelas em looks onde predominaram o preto, o rosa e o branco.
Foto: PORTUGAL FASHION / UGO CAMERA
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Contudo, o grande destaque da coleção ficou para o fim. Para os últimos modelos, os designers reinventaram o clássico vestido de noiva, estilo princesa, destruturando-o de forma completamente inesperada.