Golpe, a nova loja vintage de Lisboa que também é uma experiência social
Em Entrecampos fica uma das lojas vintage mais cool de Lisboa, e onde estão, também, uma costureira, um tatuador e um bar. Da Bershka dos anos 90 à John Galliano dos anos 90, as peças são escolhidas pela mentora, Alexandra Silva.
Foto: Mariana Lokelani28 de dezembro de 2022 às 07:00 Rita Silva Avelar
Em 2017, Alexandra Silva, 26 anos, deu vida a um sonho: criar uma loja online de venda de peças vintage. "Apenas para vender umas peças de roupa que já não usava sem intenções de se tornar o meu trabalho a tempo inteiro", conta à Máxima. Em poucos meses, com o bom feedback que estava a receber, Alexandra começou a investir os pequenos lucros que fazia em novas peças. "Dava-me tanto gozo todo o processo, desde a escolha de roupas, as fotografias e edições e todo o marketing á volta da marca, que comecei a levar este projeto mais a sério", diz.
"Sempre tive uma paixão por roupa e sempre fez parte de mim vestir-me de forma livre e confortável, e isso foi algo que tentei passar para a pagina, no tipo de atendimento, falando de forma casual e sem formalidades, até porque o meu público alvo são os meus amigos. Dou sempre a minha sincera opinião e tento perceber o que o cliente quer. Acho que é por isso que tenho clientes tão fiéis desde o inicio."
Ao longo de cinco anos abriu três lojas físicas, no Cais Sodré e na Alameda, em Lisboa, e agora a Golpe - nome que elegeu para a sua nova loja - abriu recentemente em Entrecampos, na Rua Visconde Seabra 22A, com um bar e zona lounge "para beber aquele cocktail enquanto experimentas umas roupas".
No espaço está também uma costureira e figurinista muito talentosa chamada Carmen, "podem encontrá-la no Instagram como @teiatrama e temos o estudio de tatuagens do Gabriel que é uma máquina a desenhar".
Na Golpe há espaço para todas as marcas, das mais caras às mais baratas, não há preconceitos quanto às marcas. "A Golpe foca-se principalmente em trazer roupa original, com qualidade e que eu sei que o pessoal procura. Tudo o que chama à minha atenção eu trago para a loja, desde peças da Bershka dos anos 2000 a relíquias da Versace e John Galianno dos anos 80/90. Gosto de ter variedade e roupa para toda a gente."
A curadoria da roupa é feita por Alexandra, e é escolhida por cores, tecidos e bons cortes. "Vejo potencial em muita coisa, para todo o tipo de pessoas e todas as ocasiões. Também faço stylings, e quem vem ter comigo sabe que tenho roupa para videos editoriais ou para uma simples photoshoot na mercearia aqui do lado."
Em que medida é que esta loja é diferente das outras? Perguntamos. "De momento acho que o mais diferencia a Golpe das outras lojas é o facto de ser um safe place para testar os limites da moda e o encontro da autenticidade de cada um. Para além de ser um espaço contra o minimalismo, cheio de cantos bonitos e pormenores com texturas e brilhos em todo o lado, é também um ponto de encontro para os meus amigos, então o ambiente é sempre leve e alegre. Fazemos serões de jogos de tabuleiro com um bom vinho a acompanhar. Há chá para quem preferir, servido nas canecas mais adoráveis que consegui encontrar. Faço questão que toda a gente se sinta bem e que passe um bom bocado. Adoro vê-los a experimentar roupa, a rir e conversar. Existe sempre alguém que descobre algo novo sobre o seu estilo quando, por brincadeira, tenta algo diferente."