Shakira e Jennifer Lopez, da roupa à política no Super Bowl
No intervalo do jogo entre os Kansas Chiefs e os San Francisco 49ers, as cantoras fizeram um espetáculo de 15 minutos que foi um autêntico desfile.
Foto: Maddie Meyer/Getty Images03 de fevereiro de 2020 às 03:00 Aline Fernandez
Quando em setembro do ano passado Shakira e Jennifer Lopez foram confirmadas para o espetáculo de intervalo do Super BowlLIV, uma coisa era certa: seria um concerto cheio de energia. Nem sempre este momento consegue ser atrativo o suficiente para tirar a atenção do jogo de futebol americano, mas quando as duas cantoras chegaram ao estádio Hard Rock, em Miami, a noite de domingo ganhou outras cores.
Shakira, com 43 anos, e Jennifer Lopez, com 50, elevaram a fasquia. A colombiana iniciou a performance sozinha, tocou guitarra elétrica e bateria e fez a sua característica dança do ventre. J.Lo exibiu as habilidades adquiridas no pole dance por causa do filme Hustlers (Ousadas e Golpistas em português) e cantou acompanhada por dançarinos e, próximo do fim, por um coral de crianças, liderado por sua filha de onze anos, Emme Maribel Muñiz. Isso sem esquecer que entre a série de hits My Hips Don´t Lie e Let´s Get Loud, desde o início de sua carreira até os dias atuais, os cantores Bad Bunny e J. Balvin fizeram aparições surpresa como convidados. Um concerto que fez jus às raízes latinas de ambas.
Ninguém melhor do que Peter Dundase Donatella Versace para criar um guarda-roupa à medida de Jennifer Lopez e Shakira. Dundas, que já trabalhou nas tour mundiais para Beyoncé e Rita Ora, tem vasta experiência em desenhar moda a pensar em movimento. Por isso, pensou três looks para Shakira que a transformaram numa estrela (Veja em baixo os croquis de Dundas).
Já no caso de Lopez é quase impossível pensar no seu nome e não o associar a Versace. Em minutos vimos várias trocas de trajes. A solução para garantir que a cantora conseguisse trocar de roupa tão rapidamente e em palco – tendo em mente que a mudança mais longa seria de oito segundos – era ter múltiplos looks usados todos de uma única vez, com cada traje revelado escondido por baixo do anterior. Houve uma capa em pelo com a bandeira dos Estados Unidos da América atrás e a de Porto Rico (descendência da família da cantora) à frente. De acordo com os stylists de J.Lo, Rob Zangardi e Mariel Haenn, "era importante para Jennifer ter esta capa no desfile", disseram à Vogue norte-americana. Na era de Donald Trump, o palco do Super Bowl teve os seus 15 segundos políticos.
Para completar o empoderamento feminino da noite, Demi Lovato foi a responsável por cantar o hino nacional dos E.U.A. antes de começar o jogo, que teve como vencedores os Kansas Chiefs.