Billie Eilish "agradece" revelação forçada sobre a sua sexualidade
Numa entrevista à revista Variety, a cantora disse sentir-se atraída por mulheres. Pouco depois, uma jornalista da revista apanhou Eilish numa passadeira vermelha e aproveitou para esmiuçar a afirmação, causando-lhe desconforto.

A cantora norte-americana já não pode ouvir falar em armários e nem sequer foi preciso visitar o Ikea para atingir tamanho estado de saturação. Numa entrevista recente à revista norte-americana Variety disse sentir-se atraída por mulheres – "seriamente atraída". Depois disso, no passado sábado, dia 2 de dezembro, no evento Hitmakers, também organizado pela Variety, uma jornalista da revista aproveitou para fazer um follow up, perguntando-lhe se se tinha dado conta de que, com as suas declarações, tinha "saído do armário". Eilish desvalorizou a pergunta e toda a situação, dizendo que lhe parecia tudo "muito óbvio" e que não tinha noção que as pessoas "não se tinham apercebido" e que, para além do mais, não acredita nisso de "sair do armário", questionando-se sobre o motivo de fazer grandes anúncios, e perguntando por que razão "não podemos simplesmente existir". Parecia estar tudo sanado e tranquilo, mas depois, como tantas vezes acontece, Eilish foi para casa pensar no assunto e não ficou satisfeita.

Sobre a forma como manifestou o seu desconforto, ficamos a saber que Billie Eilish não é grande madrugadora e prefere que não lhe façam perguntas difíceis (ou armadilhadas, ou com implicações não imediatamente aparentes) antes do almoço – o que é bastante compreensível. Na sua conta de Instagram, a cantora postou um conjunto de fotografias do dia do evento – no qual recebeu o prémio de melhor música de filme – com uma mensagem destinada à Variety: "Obrigada pelo prémio e também por revelarem [a minha sexualidade] numa passadeira vermelha, às 11 da manhã, em vez de falarem de alguma coisa de interesse. Gosto de rapazes e de raparigas. Deixem-me em paz, por favor. Quem é que quer saber disso?! Vão ouvir What Was I Made For."




Foi precisamente com esta música, que faz parte da banda sonora do filme Barbie, que Eilish recebeu, ao lado do seu o seu irmão Finneas, o prémio de Música de Filme do Ano Variety Hitmakers. Em What Was I Made For a artista canta sobre a crise existencial de se chegar à conclusão que a vida não é bem o que pensamos e a dificuldade de viver com esse conhecimento e as dúvidas que isso suscita. Um sentimento muito humano, independentemente da sexualidade de cada um.


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