É seguro beber de uma garrafa de água de plástico que foi deixada num carro quente?
Num dia de verão, o interior de um carro pode transformar-se num forno gerando dúvidas se a água deixada estará apta para ser consumida. Fomos descobrir mais.

Num dia de verão, um carro estacionado ao sol pode transformar-se rapidamente numa pequena estufa. Estudos de universidades como a Arizona State University e a Stanford mostram que, em menos de uma hora, o interior pode atingir entre 46 a 50 °C e que superfícies como o tablier chegam facilmente aos 69 a 70 °C, mesmo com janelas ligeiramente abertas. Estas temperaturas são muito superiores às do ambiente exterior e têm impacto direto no que acontece a uma garrafa de água deixada lá dentro.
Grande parte das águas engarrafadas utiliza garrafas de PET (polietileno tereftalato), fabricadas frequentemente com catalisadores à base de antimónio (Sb). Este elemento pode migrar, em quantidades muito pequenas, para a água. Outros estudos mostram que esta migração aumenta com o tempo e, sobretudo, com a temperatura. Em condições normais de armazenamento, as concentrações permanecem abaixo dos limites estabelecidos pela EPA (6 µg/L), mas testes a temperaturas entre 60 e 85 °C durante vários dias revelaram níveis próximos ou, em alguns casos, acima desse valor. Um relatório de 2023 confirma que deixar garrafas de PET num carro quente acelera substancialmente esse processo. Importa também esclarecer que o PET não contém bisfenol A (BPA), uma substância associada a outros tipos de plástico como o policarbonato, e que a ideia de que estas garrafas libertam dioxinas é um mito urbano, explica a FDA.
Outro aspeto preocupante é a libertação de micro e nanoplásticos. Uma investigação do National Institute of Standards and Technology mostrou que a exposição de plásticos a água quente pode libertar partículas na ordem dos triliões por litro. A Organização Mundial da Saúde reconhece a presença destas partículas na água engarrafada, embora considere que os riscos diretos para a saúde ainda não estejam totalmente estabelecidos; contudo, recomenda a redução da exposição sempre que possível.
Quando a garrafa já foi aberta, o maior risco não é químico, mas microbiológico. A introdução de bactérias através da boca ou das mãos, combinada com as temperaturas “da zona de perigo” para a segurança alimentar, pode levar a uma multiplicação rápida de microrganismos, conta um artigo do New York Times. Assim, uma garrafa aberta deixada num carro quente não deve ser consumida.
Na prática, se a garrafa estiver selada e tiver estado apenas algumas horas no calor, o risco químico é baixo, ainda que possa haver alterações de sabor ou odor. No entanto, se tiver ficado dias ao calor ou apresentar deformações, é preferível não beber. No caso de garrafas abertas, a recomendação é descartá-las se ficaram expostas a temperaturas elevadas.
Para reduzir riscos, é aconselhável não deixar água engarrafada no carro, utilizar garrafas reutilizáveis de aço inox isoladas e evitar armazenar PET ao sol ou em locais quentes por períodos prolongados. Assim, além de proteger a saúde, diminui-se também o consumo de plástico descartável.

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