Há mais uma voz a juntar-se à onda de condenações à Rússia pela invasão da Ucrânia, que começou na madrugada da última quinta-feira. Maria Vladimirovna Románova, grã-duquesa russa, emitiu um comunicado onde parece defender o fim da guerra, sublinhando que "os acontecimentos que estão a ter lugar na nossa pátria são muito alarmantes e profundamente dolorosos."
Románova, que é atualmente a figura mais importante da casa real do país, continua o texto assegurando que "reconhece plenamente a independência e a soberania de todos os Estados que se formaram após a caída da União Soviética." No entanto, não nomeia a Ucrânia como um desses Estados nem menciona as auto proclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk, que Putin reconheceu soberanas há poucos dias.
Mais à frente, escreve que "todos os povos que historicamente pertenceram ao espaço civilizacional do antigo Império Russo estão unidos por um conceito partilhado de pátria," para logo a seguir condenar o facto desta mesma herança estar a protagonizar uma luta em que povos com antepassados comuns se "enfrentam uns aos outros e derramam sangue." Considera ainda que a Rússia e a Ucrânia não devem ser inimigas, comparando os dois países a "uma família que se mata entre si." Termina orando pelo restabelecimento da paz e oferecendo assistência aos feridos, aos que perderam o tecto e aos refugiados.