Facialismo, a tendência que diminui as rugas (a sério)
Sabe o que é um jade roller? E uma massagem Gua Sha? A 'Máxima' conversou com Sarah Lemos, facialista profissional, para saber mais sobre a tendência de Beleza, das técnicas aos cuidados a ter.

A preocupação com a saúde do rosto ganhou expressão no início dos anos 2000, em Nova Iorque, mas as técnicas que até hoje se utilizam têm centenas de anos, explica-nos em entrevista Sarah Lemos, facialista profissional. Trata-se de uma herança do Oriente que inclui nomes e técnicas como as massagens Kobido e Gua Sha. "A complexidade dos nossos rostos nunca é levada em conta na abordagem da cosmética tradicional", afirmou Sarah.
Enquanto a Kobido era reservada às imperatrizes e gueixas no Japão, com vista a melhorar a sua saúde e longevidade, a Gua Sha, uma técnica chinesa, tinha como objetivo a libertação de toxinas, devolvendo um brilho jovem à face. Ao contrário de diversos tratamentos de pele, a facialista não utiliza máquinas ou produtos cosméticos, apenas óleos vegetais e algumas ferramentas de beleza. As mãos são o seu principal instrumento.


Os resultados? Tez luminosa e tonificada, relaxamento das rugas, ativação da microcirculação sanguínea e linfática e uma maior produção de colagénio e elastina são apenas alguns dos efeitos que pode esperar, sendo que estes variam consoante o tipo de tratamento realizado (entre 70 e 330 euros).



Enfermeira há 15 anos, Sarah descobriu no facialismo uma abordagem mais natural e sincera da Beleza. "Sempre gostei de cuidar da minha pele e ao chegar aos 40 anos, com dois filhos e turnos no hospital, comecei a procurar soluções para a firmeza do rosto". Como tal, mergulhou no mundo do autocuidado através dos vídeos de Delphine Langlois, professora na Academie de Facialistes, em França, e nunca mais parou. "Após três meses vi resultados e decidi formar-me na Academie de Facialistes, a primeira na Europa a oferecer uma formação completa". Depois disto, aprendeu em Milão a técnica de sculptural face lifting com Yakov Gershkovich, criador da mesma.




Quanto à periodicidade, a especialita sugere que sejam feitas duas massagens por mês no caso das peles maduras e uma vez por mês a partir dos 30 anos. Contudo, os tratamentos não são aconselháveis para quem tem acne inflamatória, fez tratamentos a laser há 48 horas ou injetou botox ou ácido hialurónico há menos de três semanas.

Praticar em casa
Existem vários utensílios que auxiliam na massagem facial e que podem ser utilizados no conforto do lar, como o jade roller e a pedra gua sha.

Etimologicamente falando, Gua significa raspar e Sha significa areia. Assim, a técnica consiste na raspagem da pele com a ponta de um instrumento, que pode ser a pedra de jade, uma colher ou até uma moeda. O objetivo é estimular a circulação sanguínea e a drenagem linfática, o que leva à redução da inflamação e do inchaço do rosto, principalmente se o utensílio estiver frio (o segredo é deixá-lo no frigorífico durante a noite).
Para fazer uso do seu gua sha em casa, o primeiro passo é limpar o rosto, o pescoço, a pedra e as mãos, seguido da aplicação de óleo. Com o utensílio numa posição entre os 30 e os 45 graus, deslize-o pela pele com firmeza e movimentos ascendentes, cerca de cinco vezes em cada zona. Nalguns casos, como na área do maxilar, o movimento será lateral, de dentro para fora.
Já o rolo facial, que tende a ser de jade, rosa quartzo, ametista ou esmeralda, costuma ser utilizado na rotina de beleza matinal ou noturna. Além de partilhar dos benefícios do gua sha, contribui para uma melhor absorção dos produtos na pele. Quanto à técnica, os movimentos são idênticos: ascendentes e laterais.
Pode encontrar Sarah Lemos no seu estúdio em Lisboa, no Hotel Solar dos Mouros, junto ao Castelo de São Jorge.


