Afinal, os caracóis são, ou não, um snack saudável? Falámos com uma nutricionista
Há vários cuidados a ter em conta na hora de pegar no palito numa tarde de verão com os amigos. Quantas calorias têm os caracóis? São mesmo fonte de proteína? Saiba tudo.

Fins de tarde passados à mesa com os amigos, aquela brisa de verão a embalar-nos e o impulso de petiscar a que ninguém é imune. Muito se fala sobre sncaks mais ou menos saudáveis, mas quando a conversa é sobre os clássicos portugueses, falta informação clara que nos guie pelos petiscanços fora.
Foi esse o mote que nos levou a falar com a nutricionista Bárbara Plácido, licenciada em Ciências da Nutrição pela Universidade Católica do Porto, sobre um dos snacks mais adorados pelos portugueses no verão: os caracóis. São um snack nutritivo? "Sim, se a sua preparação for cuidada, assim como o seu consumo for moderado", respondeu-nos a especialista. Na área clínica, o foco de atuação da especialista passa pela reeducação alimentar, excesso de peso e obesidade, além de acompanhamento de mulheres durante a gravidez e de crianças e adolescentes durante o seu crescimento e desenvolvimento.

Os caracóis são uma "boa fonte de proteína magra", explica, "com boa digestibilidade". Em 100 gramas de caracóis, podemos encontrar cerca de 16 gramas de proteína. No que toca à densidade calórica, em média, 100 gramas de caracóis cozidos e sem casca têm cerca de 90 calorias. Isto significa, esclarece, que um caracol médio apresenta entre 4 a 6 calorias.
Como se comparam às caracoletas, em termos nutritivos? Há algum melhor do que o outro? "As caracoletas apresentam um tamanho um pouco maior do que os caracóis, mas as suas diferenças a nível nutricional não são muito significativas. Elas apresentam um pouco mais de proteína", revela.
Pode considerar-se um snack saudável? A resposta simples é sim. Mas Bárbara avisa que, para isto funcionar na prática, devemos ter em conta quatro cuidados principais na confeção e forma de consumo. O primeiro passo: "Cozinhar de forma correta e segura, de forma a garantir a segurança alimentar", recomenda a nutricionista. Isto significa que os caracóis devem ser "bem cozidos", para "evitar a presença de parasitas ou contaminações no alimento".
O segundo passo: "Consumir de forma moderada." Segue-se a confeção, na qual devemos "ter em atenção as gorduras e o sal. O molho é mesmo o "problema maior" da receita clássica de caracóis, de acordo com a especialista. "O excesso de sal, os caldos industrializados que muitas vezes também são utilizados, assim como o excesso de gorduras adicionadas na sua confeção."
O que podemos fazer para nos salvarmos? "É sempre possível torná-lo saudável utilizando azeite em quantidade cuidada e moderada, substituir os caldos industrializados por ervas aromáticas ou especiarias e ter em atenção a adição de sal", esclarece.
Chegamos então ao quarto e último passo. "No momento de consumo, deve ter-se em atenção qual o acompanhamento servido. Este deverá ser leve, tal como pão integral (atenção à quantidade), ou uma salada." É um dos grandes desafios na hora de comer caracóis, pois é difícil resistir ao impulso de por o pão no molho. No entanto, nem tudo são más notícias. Bárbara acredita que o pão pode ser "uma excelente opção de acompanhamento" se tivermos em mente o "equilíbrio" e controlarmos aquilo que adicionamos ao pão, como manteigas ou "molhos diversos ricos em gorduras".
De certa forma, pode ser preferível prepará-los em casa. "Conseguimos controlar a forma como são confecionados", conta a nutricionista, e recomenda: "Evitar molhos pesados e utilizar apenas um pouco de azeite com limão ou vinagre balsâmico depois de já estarem cozidos, em conjunto com alguns temperos tais como: cebola, alho, louro, tomilho."
Em suma, Bárbara Plácido recomenda este snack? "Na nutrição tudo varia de individualmente mas, de uma forma geral, sim. Este alimento pode fazer parte de um plano alimentar saudável e equilibrado."

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