A ansiedade não se manifesta de igual modo em todos os indivíduos. E talvez seja por esta razão que algumas pessoas nem sabem que dela sofrem. Mas comecemos pelo início. Em situação normal, é uma emoção comum e bastante útil, pois permite-nos identificar situações de perigo e a prepararmo-nos para ditos confrontos. Este é o tipo de ansiedade que, quando bem controlada, atua como um estimulante, e que é muitas vezes accionada através do cortisol (que quando é excessivo, se torna tóxico).
Contudo, quando experienciamos sentimentos de tensão, preocupação e insegurança de forma persistente, acompanhados por alterações físicas como aumento da pressão arterial, tremores, tonturas, dores de estômago ou suores, temos um problema. Por norma, os indivíduos ansiosos irritam-se facilmente, não dormem bem, têm dificuldade em se concentrar, cansam-se facilmente e estão em constante nervosismo. Dito isto, nem todo o sintoma de ansiedade é facilmente detetado, como explicou Liz Matheis, psicóloga em Nova Jersey, num artigo do site Psychology Today.
Segundo Matheis, esta é uma patologia que pode ser facilmente interpretada como desinteresse e distanciamento quando, na maior dos casos, tudo o que o indivíduo quer é ser aceite e estar presente. Mas em vez disso, tem a mente cheia de pensamentos como "estou a ser julgado?", "será que se sentem mal à minha volta?", "estamos seguros?", "onde é que eu me sento/fico?" ou "falo agora?"
Ademais, a psicóloga afirma que há outros sintomas menos "visiveis" que costumam ser mal intepretados, tais como:
- Gaguejar;
- Repetir frases;
- Perder o raciocínio;
- Rir das piadas e comentários de todos;
- Não rir das piadas e comentários de ninguém;
- Concordar com saídas e cancelar ao último minuto;
- Dificuldade em comunicar ideias de forma clara;
- Ser demasiado agradável/concordar com tudo;
- Falar muito em situações sociais para não ficar um silêncio incómodo.
Se alguma vez estiver ou conhecer alguém num estado ansioso, saiba que existem formas de ajudar, escreveu Matheis ainda no mesmo artigo.
Quando se sentir demasiada estimulada pelos arredores ou sobrecarregada com a situação, vá para um local mais calmo e faça uma pausa. Quando não souber responder de imediato a uma pergunta, diga 'não tenho a certeza. Deixe-me pensar e já falo consigo'. Quando não quiser participar numa atividade, diga 'não vou desta vez, talvez para a próxima', aconselhou a psicóloga.