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Beleza / Tendências

Viagem pelo mundo da beleza ecológica

Não há volta: seremos cada vez mais eco, bio, fãs da natureza e das saudáveis maravilhas que esta pode prover. E hoje, mais do que nunca, podem ser vividas na cidade.

Foto: Fotografia de Rui Aguiar. Realização de Maria A. Ruiva. Edição 370 da Máxima [julho de 2019].
07 de setembro de 2020 às 07:00 Patrícia Barnabé
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O ano passado fui com uma amiga passar uma semana de férias a uma ilha tranquila no arquipélago grego: casa encavalitada no centro da vila braquinha de cal com 360 graus de varanda sobre o mar, e percorremos a costa de mota parando numa praia diferente a cada dia. Areia branca sob mar turquesa, o postal. Na farmácia, à procura de um protetor solar, fui atraída para uma marca grega à base de ingredientes ativos naturais extraídos das plantas gregas e de óleos essenciais orgânicos derivados das abelhas. Sem quaisquer "efeitos adversos na saúde ou no ambiente", levemente perfumado, delicioso e eficaz, a um preço acessível, o que é raro, paga-se cara a recusa do artifício e da industrialização. Ali, com um solar Apivita na mão, e ainda mais travel size, senti que o caminho da cosmética para o natural nos últimos anos é sem retorno. No fundo, como as nossas vidas.

Respeitar o planeta continua a dar mais trabalho, e a ser mais dispendioso do que desrespeitá-lo, mas não demorará muito até se tornar o futuro. Para quem leva quase 20 anos de yoga e ainda mais uns tantos sem comer carne, como é o meu caso, parece o sonho tornado realidade. Finalmente o mundo acorda para um estilo de vida mais saudável e humanista, porque a questão da ecologia é uma questão de humanismo, somos muitos a partilhar o mesmo espaço e prevê-se que continuemos a aumentar. Esse é o primeiro dos problemas, ecologicamente falando, de que ninguém quer falar, e não o podendo mudar, temos de ir fazendo à nossa volta o que queremos que seja o mundo. Alguns mais acordados já começaram este caminho, mas não basta fazer pão em casa, encher as nossas casas de verde, ou baixar aplicações que dão nome às plantas e avisam o dia das regas. Há que comer biológico e local sempre que possível, verificar os rótulos à procura de químicos, saber a proveniência do que consumimos – e saber o que isso implica.

Mas atenção ao romantismo que transformou a ecologia numa bandeira de marketing também, claro. Atenção aos rótulos que se dizem verdes, puros, não tóxicos e de origem orgânica, muitos não estão regulados. Muitas das marcas que se dizem naturais são apenas plant based e cruelty-free em relação aos animais, mas não são vegan. Dependendo do que pretende, o melhor é (sempre) seguir o conselho de quem sabe e comprar em lojas certificadas, como é o caso da Organii, que tem vários pontos de venda, para quem gosta da sensorialidade de pôr a mão no pote do tester, ou na sua loja online. Lá encontra a melhor seleção de marcas: Voya, Ila, Absolution, Less is More, Dr. Hauschka, Mádara, John Masters Organics ou a portuguesa Unii. Para compras mais luxuosas, encontra a Tata Harper, a Aesop ou a Le Labo, entre outras, na Skinlife. Para fazer a transição da cosmética corrente, nada melhor do que procurar as marcas percursoras como a The Body Shop, ou a Rituals, na mesma linha. Ou ir à secção natural das grandes perfumarias, como a Douglas ou Sephora. Esta, por exemplo, representa a Pai, a Origins, a REN, a OLE, a Youth to the People, a HoKaran, a Boscia, a dr. Roebucks ou a Kritin Ess para cabelos. A própria linha de skincare da Sephora Collection já tem produtos "verdes". Mais simples ainda, é começar a explorar as marcas mais naturais da farmácia, como a Caudalie ou a Klorane, por exemplo, ou a reparar nas linhas Dr. Organics ou Weleda nas prateleiras dos supermercados bio. Se não pode dar um mergulho no mar todos os dias, pode usar produtos Voya, Thalgo ou Phytomer pensados sobre fórmulas de algas e nutrientes marinhos. E o mesmo é verdade para o campo ou a floresta. E as qualidades cosméticas e sensoriais dos produtos, que antes eram pouco apetecíveis, estão cada vez melhores.

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Algumas grandes marcas de perfumaria começaram a virar o tabuleiro do jogo há uns anos, uma das pontas de lança foi a sofisticada Sisley e a Clarins, que lançou recentemente a linha My Clarins. A Guerlain, uma das mais antigas e respeitadas marcas da grande cosmética parisiense, nascida em 1828, acaba de lançar o novo perfume Orange Soleia, da linha Aqua Allegoria, como uma ode à natureza, e com ele vem um forte statement: "Em nome da Beleza, a Guerlain está comprometida para com um mundo mais belo e responsável. Nós atuamos pela biodioversidade, inovação sustentável, o clima e a solidariedade. Acima de tudo, protegemos um dos maiores tesouros mundiais: as abelhas", declarou a CEO da marca,Véronique Courtois.

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Cuidar a pele apenas com boas marcas orgânicas já começa a ser possível também em cabine. Exemplo disso é o pequeno estúdio da Sisu em Cascais, que não tem um pingo de químicos e oferece um irrecusável cardápio de tratamentos de rosto e corpo, massagens, pedicure e manicure. Representam marcas escolhidas a dedo que vendem via Instagram, como a Henua, a Alex Carro, a Activist - Raw Manuka, os chocolates que são suplementos vitamínicos da Depuravita, ou a fantástica Max & Me que usam para mimar-nos dos pés à cabeça. "Todos os tratamentos têm um ritual para que as pessoas não fiquem apenas focadas no resultado final e usufruam de um relaxamento profundo", explica-nos Mariele Leite da Sisu que nos fez o tratamento de rosto Alta Vibração mas também percorreu braços e mãos, pernas e pés, para sairmos a levitar.

Com a urgência climática e a opinião pública em cuidados com o futuro, temos cada vez mais opções e cada vez menos desculpas. Queremos estar mais perto da natureza - a pandemia só o tornou mais evidente – e a cosmética pode dar um importante exemplo, até porque sempre escondeu nos seus laboratórios adições químicas, ingredientes raros, alguns discutíveis, e testes animais a que sempre fechámos os olhos. Usar cosméticos naturais, que são mais ricos, parece uma pequena luz, mas ilumina o caminho. Não há nada mais cool e inteligente nos dias de hoje do que ser consciente e proativo ecologicamente. E não querendo deixar as grandezas da cidade, podemos trazer a natureza para a nossa pele e saúde, ser mais terra a terra, real, verdadeiro, saudável. E este é só o princípio.

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7- Óleo de corpo Crystal Beauty, Max & Me, €70, na Sisu.
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8 - Spray de cabelo com sal marinho e lavanda, John Masters Organics, €27,45, na Organii
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 9 - Exfoliante instantâneo do couro cabeludo, Kristin Ess, €20,50, na Sephora
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10 - Sabão líquido com aloé vera e extratos de Quilaia, 8950, €30,30, n’ A Vida Portuguesa ou na Sisu.
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