Os milagrosos ingredientes vindos do Ártico que podem melhorar a nossa pele
Chama-se Polàar e tem na sua composição surpreendentes, raros e revolucionários ativos que beneficiam a nossa pele, vindos de um dos sítios mais gelados do mundo. A Máxima conversou com o fundador da marca, Daniel Kurbiel.

Filho de pais cientistas e exploradores polares, Daniel Kurbiel nunca poderia ficar indiferente ao fascínio do universo glaciar. Especialistas em expedições no Ártico, os pais de Daniel especializaram-se nesta zona do planeta e, a certo ponto, também ele começou a acompanhá-los nas suas viagens de aventura e descoberta. Não demorou muito até que, aliando a curiosidade, o seu espírito empreendedor e uma conversa casual com uma colega dos pais, a professora e exploradora Marie Olech, Daniel descobriu um potencial negócio no mundo da beleza.
Assim nasce a Polàar, marca francesa que fundou há mais de duas décadas e que chega agora ao mercado português, em exclusivo na Perfumes & Companhia.


A Polàar aposta, assim, em ingredientes tão raros que se desenvolvem num clima de condições extremas, como água de iceberg (hidrata, oxigena e repulpa), algodão do Ártico (limpa, desintoxica e apazigua), alga boreal (descongestiona, regenera e relaxa), flor de nunatak (regenera, suaviza e ilumina), extrato de pinheiro siberiano (aclara, protege e ilumina) ou ginseng siberiano (tonifica, descongestiona e ilumina. Cada um dos ingredientes dá origem a uma gama de produtos, onde se incluem hidratantes diários, séruns, máscaras de noite, batons, cremes de mãos, espumas de rosto ou até protetores solares, entre outros.


A marca tem uma história fascinante. À medida que crescia, vendo as expedições dos seus pais, como é que o universo polar o inspirou? E como se reflete essa inspiração nos produtos?
O universo polar é um fantástico e uma fonte inesgotável da nossa inspiração diária. Inspirei-me na sua força. A natureza é como uma mulher em si: poderosa mas ao mesmo tempo delicada. Por conseguinte, os nossos ingredientes ativos são mais fortes do que quaisquer outros porque nascem neste ambiente muito delicado. Sabia que a nossa "azeitona siberiana" tem 30 vezes mais vitamina C do que uma laranja, por exemplo? E [também me inspirou] a sua beleza. Quando se fala do Ártico, imaginam-se icebergues e glaciares frios e ásperos. Mas a beleza do Ártico é um segredo muito bem escondido nas florestas glaciares e nas tundras verdes das pradarias. Quem poderia imaginar que existem 106 espécies de flores no Ártico? E, por fim, a sua pureza. Os glaciares têm 100 000 anos e encapsulam alguma da água mais pura da terra. Além disso, o Ártico e a Antártida são muito pouco poluídos pelo homem. Sabia que a Antártida só é povoada por cientistas?


Pode descrever o momento em a colega dos seus pais, a exploradora e professora Marie Olech, sugeriu que os ingredientes do Ártico poderiam ter benefícios para a pele? Quando e qual foi a sua descoberta exata?
A conversa que tive com a professora Maria Olech ocorreu quando estava a bordo do nosso veleiro de investigação Vagabond. A descoberta da utilização do poder das plantas árcticas data do final dos anos 90, mas a sua implicação prática apenas começa a partir do início do ano 2000.
De que forma se efetuam as quatro formas de extração dos ativos polares?

Antes de mais, fazemos tudo o que é possível para preservar o frágil ambiente ártico. A primeira forma, a mais simples, é utilizar os recursos renováveis (por exemplo, a apanha de bagas por cooperativas locais ou utilização de água do iceberg que de outra forma teria derretido). A segunda é pegar numa planta (exemplo, microalgas) e cultivá-la no nosso laboratório em França, em condições semelhantes às do Norte. A terceira é identificar uma molécula específica num ingrediente polar, depois extraímo-la e reproduzimo-la em França ou na Europa por biossíntese. Finalmente, é identificar um ingrediente que já existe no mercado mas que tem origem polar. Fazemo-lo apenas quando não podemos fazer outra coisa (exemplo: ingredientes da Antártida).

Gostaria de ter mais gamas além das existentes? Paralelamente ao trabalho que desenvolve com as extrações e plantações, está também a pesquisar novos ingredientes?

A investigação nunca termina e as espécies polares são muito numerosas: só no Ártico há mais de 1.000 microalgas... e sabemos muito pouco sobre estas vastas zonas. Portanto, sim, faremos definitivamente mais linhas, mas não temos pressa. Se encontrarmos algo interessante e útil para a pele, vamos lançar uma linha.

O que surpreendeu mais a equipa de investigação, em relação a todas estas descobertas polares ativas? Existe algum ativo que seja mais especial?
Os ingredientes ativos são fabulosos e surpreendem-me sempre e a descoberta da azeitona siberiana, que é uma superfruta com 108 compostos ativos, é fantástica. Mas também a descoberta da "rodimenia borealis", uma alga que se reproduz à luz azul da lua.
Evidencia a importância do respeito da marca pela Natureza. Acredita que esse aspeto é decisivo para o consumidor atual?
Hoje em dia, o nosso consumidor não compra apenas um creme a um determinado preço com uma promessa de desempenho. Ela está a comprar tudo isso e também a história da empresa, ética e valores. Porque somos uma autêntica história familiar com formação científica (ambos os meus pais são cientistas da Universidade de La Sorbonne, em Paris) e porque em França fomos pioneiros de "beleza limpa" [clean beauty], temos um compromisso com os nossos consumidores.

