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Beleza / Tendências

O perfume de eleição da Princesa Diana é de uma marca centenária (e já chegou a Portugal)

Cada fragrância Penhaligon’s conta uma história. Tal como o perfume que a Princesa Diana terá escolhido várias vezes, este é um universo que nos transporta para um imaginário sedutor e luxuriante.

26 de outubro de 2020 às 07:08 Rita Silva Avelar

Se existir um objeto de desejo com poder e capacidade para se tornar intemporal e gerar fascínio dentro da indústria da beleza, diríamos que esse objeto é um perfume (não é preciso evocarmos a atmosfera misteriosa de O Perfume, de Patrick Süskind, pois não?). São as frgrâncias que tantas vezes contam irresistíveis (e secretas) narrativas de personalidades ou momentos da História, e que perduram no tempo.

Talvez pelo requinte com que os ingleses tão bem sabem contar as suas histórias seja particularmente fácil deslumbrarmo-nos pelo extenso e complexo mundo da beleza britânica. É nessa categoria que incluímos a Penhaligon’s, que está prestes a celebrar 150 anos. E o que conta uma marca de beleza com mais de um século de existência?

Tudo começa precisamente com o barbeiro que a fundou, que chegou a Londres na década de 1860 vindo de Penzance, Cornualha. Ao empregar-se no Hammam Turco da Jermyn Street, William Penhaligon começou por conquistar a atenção de clientes célebres como Winston Churchill, Oscar Wilde, Rudyard Kipling ou o Xá da Pérsia.

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À época, era raro alguém ousar criar fragrâncias, muito menos tão especificas como a primeira que este barbeiro imaginou: a "Hammam Bouquet", uma fragrância que ainda hoje a marca comercializa, inspirada, claro, está, nos hammans turcos. Mais tarde, haveria de ganhar fama como o 'Príncipe dos Perfumistas' fornecendo as Cortes Reais Europeias. Isto já depois de abrir a sua própria loja entre a Jermyn Street e a St James’s Street, em parceria com o capataz da sua antiga loja, o sr. Jeavons. Os visionários sócios chamaram-lhe Penhaligon & Jeavons. Já no século seguinte, após a morte de ambos, o negócio passou para o filho de William – Walter, que o expandiu através da colaboração com outros perfumistas.

Em 1903, a marca recebeu o importantíssimo Mandado Real, um símbolo de reconhecimento a todos os que forneceram bens ou serviços à família real, pelo menos por cinco anos, que lhe foi atribuído pela rainha Alexandra (a rainha consorte de Eduardo VII).

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Em 1975, e já nas mãos do cineasta italiano Franco Zeffirelli (que a deteve até 1990), a marca inaugurou uma nova morada em Covent Garden. Foi neste período que nasceram as hoje icónicas fragrâncias que se tornaram bestsellers, exclusivas da essência à embalagem, como é o caso de Bluebell, Lily of the Valley, Luna, Orange Blossom ou Elisabethan Rose.

Diz-se inclusive que Bluebell, uma fragrância floral à base de notas como jacinto, lírio do vale, jasmim, cravinho ou canela, era a preferida da Princesa Diana na sua breve e delicada existência. Criada em 1978, a Bluebell evoca a fragrância dos campos de campânulas azuis. Absolutamente sedutora, britânica e distinta, é um clássico de culto da Penhaligon’s e se esgotar, de tempos em tempos, não é de estranhar.

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Em homenagem ao culto de contar histórias, a Penhaligon’s começou em 2016 uma luxuosa coleção dedicada a personagens míticas do imaginário inglês, à qual chamou de Portraits Collection (lançada por capítulos). Nela, incluem-se já clássicos como o feminino The Revenge of Lady Blanche (€234,80, 75ml), que evoca devoção, encanto e um certo requinte "criminoso". Ou o masculino The Tragedy of Lord George (€234,80, 75ml), que por sua vez evoca a figura de Lord George através de uma fragrância sedutora, elegante, e com uma "pitada de rum", conseguida com notas como a de âmbar amadeirado. O que torna esta coleção de "ficção olfativa" - como a marca a apelida - ainda mais especial, são também as talentosíssimas ilustrações dos frascos e das embalagens, coloridas mas minuciosas, criadas pela artista Kristjana S Williams.

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De modo a celebrar o 150º aniversário, a marca convida a revisitar os capítulos da sua história através dos perfumes e personagens mais marcantes. Por isso, o capítulo um começa no próprio William Penhaligons, em 1870, ano em que abriu a sua primeira loja, terminando com as duas novidades do momento: The Favourite e Brilliantly British, as novas fragrâncias celebrativas da Penhaligon's.

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A Penhaligon’s chegou recentemente ao mercado português, estando à venda em exclusivo no El Corte Inglés. Além dos perfumes, as suas coleções incluem águas de colónia, cremes de mãos e cremes de corpo.

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