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Beleza

Dois truques improváveis para voltar a adormecer depois de acordar a meio da noite

Despertares noturnos: eis uma das epidemias da vida moderna. Michael Breus, psicólogo clínico e especialista em medicina do sono, também conhecido como "The Sleep Doctor", indica duas sugestões inusitadas, mas certeiras, para resolver o problema. Testámos e aprovamos.

Foto: Pexels
06 de dezembro de 2024 às 16:25 Madalena Haderer

Andamos todos a dormir mal. Quanto a isso, não há dúvida. Felizes os que têm 20 anos e conseguem dormir com a cabeça encostada a um martelo pneumático porque – acreditem – não dura sempre. A partir de determinada idade, meados dos 30, talvez, começamos a ter um sono mais leve. Mesmo quem não tem filhos e não precisa de acudir aos gritos de "mamã, tenho xixi", vai dar por si a ouvir uma voz, dentro da sua própria cabeça, a dizer "levanta-te, pá, tens xixi". Ou isso, ou acorda com o som do vizinho de cima a fazer xixi – será que devo meter-lhe um recado debaixo da porta a recomendar uma visita a um urologista? Enfim, acredite-se ou não, há muito xixi na meia idade. Isso e noites mal dormidas.

Quem não toma comprimidos para dormir, anda atolado em cápsulas ou gomas de melatonina. E embora, regra geral, ajudem a melhorar o sono, a verdade é que nem sempre impedem que se acorde a meio da noite. E o que acontece a seguir é um sem fim de vira para a direita, vira para a esquerda, olha para as horas, entra em desespero. Michael Breus, um psicólogo clínico e especialista em medicina do sono, tem sugestões para voltar a adormecer mais depressa. Testámo-las e podemos garantir que resultam.

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Sugestão número 1 – não se levante da cama para fazer xixi. De acordo com este médico, enquanto dormimos temos um batimento cardíaco baixo, de 60 batimentos ou menos por minuto. Quando nos levantamos e andamos pela casa o ritmo cardíaco acelera pelo que, quando voltamos para a cama, temos dois trabalhos pela frente: não só adormecer como – para conseguirmos fazer isso –, abrandar o ritmo cardíaco. Como é óbvio, se precisamos de ir à casa de banho, então, é isso que temos de fazer, sob pena de desenvolvermos uma infeção urinária. Mas, em princípio, toda a gente consegue distinguir a sensação de urgência de uma bexiga cheia, daquela ação motivada pelo piloto automático: acordar, levantar, xixi. Esta jornalista, que desenvolveu a tendência muito pouco agradável de acordar a meio da noite para ir à casa de banho, passou a fazer o seguinte: quando acorda e lhe ocorre a ideia de fazer xixi, diz para si própria: "Não, tu não precisas de ir à casa de banho. Vais à casa de banho de manhã. Agora não é hora de fazer xixi." Estranhamente, resulta em cerca de 80% das vezes. Os outros 20% são verdadeiros casos de urgência.

Sugestão número 2 – não olhe para o relógio. Já aconteceu a todos: um dia acorda às 4h03 e daí em diante, por algum motivo – que só pode estar relacionado com magia negra – durante as semanas seguintes, acorda, diariamente, às 4h03. Pim, olhos abertos, do nada, vai confirmar aquilo que já sabe: são 4h03. Esta jornalista padecia deste problema e, mesmo antes de ter lido os conselhos deste médico, começou a fazer a coisa óbvia: não olhar para as horas. O que, estranhamente, faz com que a situação não se arraste tanto no tempo. Sobre estes despertares noturnos, Michael Breus chama a atenção para outra questão: a matemática cerebral que começamos a fazer, contando pelos dedos das mãos as horas que faltam para nos levantarmos, pondo na balança o cansaço que ainda sentimos versus o tempo que nos sobra – o que é meio caminho andado para entrarmos em paranóia e demorarmos ainda mais tempo a adormecer. Com a dificuldade em adormecer vem a ansiedade e a irritação e... claro, aumenta o ritmo cardíaco. Ou seja, já ninguém dorme tão cedo.

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