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Sexismo leva a despedimento na Google

A Google despediu um engenheiro acusado de sexismo e a Wikileaks ofereceu-lhe emprego.

08 de agosto de 2017 às 16:53 Ângela Mata

James Damore, até há pouco tempo engenheiro de software na empresa Google, defendeu que a desigualdade entre homens e mulheres nas empresas se explica por diferenças biológicas e que quaisquer políticas para a combater são más para o negócio.

Damore publicou, na passada sexta-feira, um memorando interno onde discutia precisamente  a paridade em lugares de chefia de topo. Esta segunda-feira, o engenheiro foi despedido pela Alphabet, a dona da Google, e desde então tem estado um pouco por toda a imprensa internacional.

A informação foi confirmada à agência Reuters pelo próprio Damore, que estará agora a tentar "todos os mecanismos legais disponíveis" para recorrer da decisão. James Damore acusa a Google de silenciar opiniões mais conservadoras, escrevendo que "a discriminação positiva para conquistar uma representação igualitária é injusta, desagregadora e má para o negócio".

De acordo com a BBC, Sundar Pichai, presidente executivo da Google, assinou um comunicado interno no qual refere que o memorando de Damore ultrapassou os limites, "com estereótipos que prejudicam o ambiente de trabalho e a empresa".

As reações ao memorando de Damore foram maioritariamente negativas, ainda assim há quem esteja do seu lado. É o caso de Julian Assange, fundador do site Wikileaks. Assange, que se encontra exilado na embaixada do Equador em Londres, ofereceu emprego ao funcionário despedido, condenando a decisão da Google.

Importa, ainda assim, recordar que a Google também enfrenta acusações de discriminação. Desde abril que a empresa é alvo de uma investigação pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos, sendo acusada de pagar sistematicamente mais a funcionários do sexo masculino do que a mulheres em cargos semelhantes.

 

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