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Os episódios mais insólitos dos Jogos Olímpicos de Paris

Atletas que dormem ao relento, um treinador num momento de fraqueza, partes baixas que custam o ouro e Snoop Dogg a dançar com um cavalo. Eis alguns dos momentos mais caricatos destas olimpíadas.

Foto: Getty Images
06 de agosto de 2024 às 17:10 Madalena Haderer

Durante a abertura dos Jogos Olímpicos 2024, Paris conseguiu trazer Celine Dion de volta aos palcos; encharcar os dignitários internacionais que convidou, algo que tentou corrigir oferecendo-lhes umas capinhas feitas de saco de plástico transparente – com excepção de primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, que apareceu com um corta-vento com capuz, demonstrando ser o único capaz de interpretar uma críptica previsão meteorológica: "vai chover a potes" –; escandalizar, de tal maneira, os cristãos evangélicos com uma suposta reinterpretação da Última Ceia com drag queens – afinal, era uma representação de um bacanal romano – que poucos se aperceberam da referência bastante direta a um menage à trois; e, ao longo de mais de quatro horas, entusiasmar o mundo inteiro com conjeturas sobre quem seria a estranha figura com máscara de esgrima, espécie de barqueiro da Morte, que percorreu a cidade em modo parkour, com a tocha olímpica na mão, apenas para, no fim, descobrirmos todos que era, afinal, o romeiro da peça Frei Luís de Sousa: ninguém.

2024-08-06_15_37_46 GettyImages-2163839957.jpg Foto: Getty Images

Se tudo isto aconteceu só numa noite, não surpreende que, nos dias seguintes, os episódios insólitos que se vão multiplicando. Fomos à procura de alguns dos mais divertidos e inusitados – porque é agosto, estamos a trabalhar e, portanto, temos direito a umas boas gargalhadas – e, como somos pessoas generosas, partilhamo-los consigo.

2024-08-06_16_30_48 GettyImages-2163854833.jpg Foto: Getty Images

Comecemos com Snoop Dogg, o rapper norte-americano que ninguém esperava encontrar na comitiva olímpica dos EUA, mas que foi convidado para ser comentador televisivo da NBC e acabou por absorver o papel de mascote/cheerleader da equipa, chegando até a levar a tocha olímpica durante uma parte do percurso.

2024-08-06_15_44_19 GettyImages-2164153588.jpg Foto: Getty Images

Seja como for, a verdade é que não é a primeira vez que o rapper vai aos Jogos Olímpicos (JO) na qualidade de correspondente da NBC, algo que já aconteceu em Tóquio 2021, mas, desta vez, Dogg tem uma espécie de salvo-conduto, aparecendo um pouco por todo o lado e, ao que parece, a sua presença tem sido fulcral para melhorar o moral dos atletas. Todos os dias somos presenteados com fotografias de Dogg espantado com uma acrobacia, usando uma t-shirt com a cara de uma atleta estampada, ou a dançar com um cavalo – ou, talvez seja mais correto dizer, a dançar para gáudio de um cavalo – certamente, um dos momentos engraçados destas olimpíadas.

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Outros episódios são mais polémicos do que divertidos, como o caso protagonizado pelo nadador italiano Thomas Ceccon, que foi apanhado a passar a noite ao relento, no chão de um jardim, algo que ele justificou apontando as "más condições" na Aldeia Olímpica. De acordo com Ceccon, o espaço preparado para os atletas "não tem ar condicionado e está demasiado calor, a comida é má, e é por isso que muitos atletas têm abandonado as instalações".

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Um outro momento caricato foi protagonizado pelo treinador da esgrimista brasileira Nathalie Moellhausen. A atleta sentiu-se mal durante uma competição e desfaleceu. A organização rapidamente trouxe uma cadeira para que ela se pudesse sentar e recuperar e, no entanto, quem aproveitou a deixa para descansar as pernas foi o treinador. Um refastelamento que só durou dois segundos, já que o treinador, visivelmente confuso, foi prontamente afastado para dar lugar à atleta. Faz lembrar aqueles maridos que precisam de apanhar um bocadinho de ar fresco quando as mulheres, super grávidas, lhes dizem que está na hora de arrancar para a maternidade.

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Mas nem tudo o que é inusitado tem de ser mau ou estranho, um bom exemplo disso foi a forma como as ginastas norte-americanas Simone Biles – que perdeu o ouro na competição de solo para a brasileira Rebeca Andrade – e Jordan Chiles - que ganhou a medalha de bronze -, apoiaram a adversária no pódio, fazendo ambas uma vénia. No fim, as três ginastas deram as mãos num claro exemplo de empatia, respeito e desportivismo, que são, de resto, as pedras basilares dos JO.

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Já a jogadora de râguebi norte-americana Ilona Maher decidiu transformar a sua experiência nos JO e, mais concretamente, na Aldeia Olímpica, numa espécie de reality show ao estilo Love Island, o programa de televisão onde os concorrentes vão para encontrar o amor e andar aos gritos uns com os outros. Maher usa as suas redes sociais para fazer vídeos humorísticos relatando os episódios românticos protagonizados por ela própria e pelas colegas de equipa. Num desses episódios, a jogadora chega toda animada junto das colegas, dizendo que um rapaz bem parecido meteu conversa com ela. O que disse ele? "Desculpa, não te importas de andar para a frente? Estás a empatar a fila do buffet." Se Maher não receber uma medalha, talvez receba um contrato para escrever uma sitcom. Nunca se sabe.

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Terminamos em grande – literalmente. O atleta francês Anthony Ammirati foi eliminado da competição de salto à vara porque parecia, inicialmente, que as suas partes baixas o tinham impedido de se "escapar" à barra, levando-o a falhar. Mais tarde, os especialistas na modalidade garantiram que este bateu na barra com as pernas primeiro e ia falhar a tentativa de qualquer forma.

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Certo é que, quem quer que tenha levado a medalha de ouro para casa – foi o sueco Armand Duplantis, com um novo recorde mundial de 6,25 metros –, na internet e nos memes, em geral, Ammirati é o grande vencedor. É caso para dizer que nunca perder trouxe tanto sucesso.

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