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"Devemos forçar as crianças a dar beijinhos?" Mais de 70 especialistas respondem a dúvidas de parentalidade

Quantas vezes os seus filhos já lhe fizeram perguntas indiscretas, e teve que pensar antes de responder? No livro 'Pais e Filhos: As nossas perguntas e as respostas dos especialistas', a jornalista Rita Costa aborda as dúvidas mais persistentes dos pais e as perguntas difíceis dos filhos.

Foto: Pexels / Elina Sazonova
13 de maio de 2021 às 12:04 Rita Silva Avelar

"Devemos forçar as crianças a dar beijinhos?; Mas, afinal, porque é que o meu bebé faz tantas birras?; Está com febre, e agora?" Se é pai ou mãe, provavelmente já lhe passou pelo menos uma destas três questões pela cabeça. Por outro lado, o seu filho já lhe deve ter perguntado algo do género: "Se me baterem, devo bater de volta?; Não me posso sujar porquê?; Posso ficar no sofá a ver televisão?"

Narrado a duas vozes, e dividido por verbos - proteger, conhecer, inspirar ou crescer, por exemplo - o novo livro de Rita Costa responde às perguntas mais frequentes de pais e filhos, discutidas ao longo de cinco anos no programa Pais e Filhos, da TSF, do qual é coordenadora. Em Pais e Filhos: As nossas perguntas e as respostas dos especialistas, editado pela Contraponto, incluem-se as respostas de mais de 70 especialistas, entre eles reputados nomes como o do pediatra Hugo Rodrigues, da psicóloga Inês Afonso Marques, do pedopsiquiatra Pedro Strecht ou do pediatra Mário Cordeiro, uma sumidade na área infantil. "Enquanto mãe, tinha tantas dúvidas, gostava de ouvir opiniões sobre diversos assuntos, e achei que o programa teria utilidade", começa por explicar Rita Costa sobre como esta discussão tão pertinente, hoje e sempre, que deu oirgem ao programa

No livro, a jornalista começa por apresentar as dúvidas dos pais. Dos primeiros dias da criança à adolescência, as temáticas das questões vão variando, como as birras e a alimentação, passando pelas "perguntas difíceis", ao sono. Depois, apresenta as dúvidas dos mais novos num segundo capítulo."As dúvidas deles são tão legítimas como as dos pais", diz Rita Costa, que acredita que é "importante criar confiança entre pais e filhos para que os diálogos sobre temas mais delicados possam acontecer."

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Acredita ainda que as visões e teorias distintas dos especialistas convidados "só enriquecem a nossa reflexão; pois o espírito crítico constrói-se ouvindo vários argumentos (...) e o exercício da parentalidade exige alguma reflexão e procura de equilibrios. Cada pai é um ser único e cada filho é um ser único."

Quando lhe perguntamos se o "bicho papão" que é a adolescência está entre os temas que suscitam mais dúvidas diz: "a adolescência é sempre um grande desafio, mas antes dela há todas as dúvidas mais práticas relacionadas com os bebés, da dermatite da fralda às birras." A jornalista destaca também "as questões da saúde mental, que é uma das minhas áreas preferidas. Os psicólogos e os pedopsiquiatras são muito recorrentes nas minhas entrevistas." Dividiu o livro por verbos, para facilitar a leitura, e gosta "particularmente do capítulo da inspiração, nas perguntas dos pais, e do [capítulo] brincar, nos filhos."

Quando lhe perguntamos se se imaginava a fazer o programa e o livro sem ser ela própria mãe, Rita Costa responde ao contar uma particularidade curiosa. "Quando comecei a fazer o programa tinha uma colaboração e a pessoa que eu escolhi não era pai, era um homem, e ele trouxe imensas coisas boas para o programa. Fazia as perguntas que não estão condicionadas pela experiência" lembra, com graça. "Por isso sim, imaginava."

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