Conheça as profissões em que mais se trai o parceiro
Pilotos e assistentes de bordo são um clássico. E as séries americanas enfiaram-nos na cabeça que há mais casos amorosos entre médicos do que camas nas urgências. Mas, de acordo com uma especialista britânica, neste "index da safadeza" estão algumas profissões que ninguém diria.

Uns têm a fama e o proveito. Outros passam alegremente debaixo do radar. Alguns são surpreendentes. Há casos extra-conjugais para todos os gostos – ou desgostos. Só que, de acordo com um artigo que Tracey Cox, uma especialista em relacionamentos britânica, escreveu para o jornal britâncio Daily Mail, há também profissões que são mais propícias a relacionamentos extra-conjugais e não são, necessariamente, as que se imaginaria. O que é certo é que o local de trabalho é o sítio onde mais se trai ou, pelo menos, o sítio onde mais se pisca o olho à galinha do vizinho – o mais provável é que a própria da traição ocorra noutro sítio, já que, por um lado, convém manter os curiosos à distância e, por outro, o mobiliário de escritório costuma deixar muito a desejar no que toca a este tipo de atividades extra-curriculares: poucas almofadas, zero tapetes felpudos, chaises longues nem vê-las. Há limites para o que uma pessoa consegue fazer com um dispensador de água, uma máquina de café e uma fotocopiadora! Não obstante as dificuldades logísticas, o romance laboral está para durar. Porquê? Simples: é o sítio onde passamos mais tempo. E depois, há a familiaridade que se cria entre colegas. Na prática, o trabalho é para os adultos o que a escola é para os adolescentes.
A ocasião faz o ladrão

A propósito de mobiliário de escritório, no topo da lista vêm as profissões que têm acesso facilitado a privacidade e a leitos confortáveis, seja em hoteis ou no próprio local de trabalho – médicos, estamos a olhar para vocês! Embora, enfim, com o estado do SNS e do seu congénere britânico, o NHS, uma cama livre é capaz de ser um luxo raro.
Comecemos, então, por um dos pináculos – trocadilho não intencional – da cultura erótica popular: pilotos e assistentes de bordo. Regra geral, uns e outros são uma classe de gente bonita e bem posta. Uns têm o charme que advém do peso da responsabilidade, outros (independentemente do género) têm belos pares de pernas decorrentes de várias horas passadas em pé. Viajam juntos para longe da família, amigos e olhares indiscretos. Para além disso, o trabalho tende a ser desgastante e o sexo combate o stress, portanto… É fazer as contas.
Depois, claro, temos os médicos. Tracey Cox tende a ser um nadinha sexista nas suas opiniões, dizendo, neste caso, que os médicos, em especial os cirurgiões, padecem de complexo messiânico – demasiada Anatomia de Grey, senhora Cox? –, com enormes egos e elevadíssima auto-estima, e que essa mistura, mais as longas horas de trabalho, o stress, a convivência diária num ambiente de vida ou morte, tornam os médicos irresistíveis aos olhos das enfermeiras. Porém, quem já passou temporadas em hospitais sabe que, pelo menos por cá, tende a haver uma certa tensão entre as duas classes pelo que, o mais provável é que médicos e enfermeiros pratiquem o canguru perneta traidor com elementos do seu próprio grupo. Uma vez mais, as longas horas e o acesso a recantos sossegados, parecem ser o elemento central.

"Money for nothing and your chicks for free…"
De acordo com esta especialista em relacionamentos, os empreendedores são outro grupo profissional que tende a meter o nariz – por assim dizer – onde não deve. O que ajuda a explicar por que razão tanto negócio vai à falência. Segundo Cox, acesso a grandes quantidades de dinheiro pode ser um afrodisíaco. Para além disso, os empreendedores tendem a valorizar o risco e a novidade. Aparentemente, a lógica aplica-se mesmo quando o dinheiro a que se tem acesso é de outras pessoas, como é o caso de banqueiros, pessoas que trabalham em alta finança e corretores da bolsa. O que, se calhar, também ajuda a explicar por que razão esse dinheiro às vezes ganha asas… Por outro lado, a especialista também sublinha que este tipo de profissional tem propensão para o comportamento "pouco ético". Ao mesmo tempo, a natureza competitiva do seu trabalho leva a que, pelos vistos, andem todos (ou todas) atrás da mulher (ou homem) mais sensual e inatingível (ou não tanto) do escritório.
E depois há um grupo profissional que esta especialista de relacionamentos não esperava encontrar na lista dos safados: os professores. De acordo com Cox, 33% dos membros do site Illicit Encounters – uma espécie de Tinder para pessoas casadas – são professores. Tracey diz que estes profissionais traem por razões diferentes. Não é nem a oportunidade, nem a atração pelo risco ou o ego que os levam a praticar infidelidades. Na verdade, estas pessoas estão no extremo oposto: têm altos níveis de stress, sem dúvida, mas também de frustração, recursos limitados – que é como quem diz, são mal pagas –, muitas vezes têm conflitos com os alunos ou com os seus pais e tudo isso leva a um sentimento de alienação e baixa auto-estima. Muitos estão insatisfeitos com a sua carreira. Alguns têm depressão e burnout. Ter um caso com alguém que passa pelas mesmas dificuldades, não só é uma forma de desviar a atenção dos problemas, como cria uma sensação de pertença e validação. (Saber isto, faz-me pensar que devia ter entrado mais vezes na sala de professores de forma abrupta e inesperada.)

De acordo com a experiência desta especialista em relacionamentos – que estranhamente não tem nada a dizer sobre jornalistas… ssshhh… eu não disse nada –, há ainda outras profissões com propensão para a infidelidade: os advogados (estranho que não apareçam no topo, mas enfim); os vendedores, em especial, e por razões óbvias, pessoas que trabalham por turnos; pessoas que trabalham em tecnologias de informação, aparentemente, porque são bons a esconder as pistas digitais das suas traições – já não há casos como antigamente...; militares, com o seu livre acesso a casernas; empregados de espaços noturnos, porque onde há álcool e cantos escuros…; e, por último, polícias e bombeiros, devido ao alto nível de risco e adrenalina que faz parte dos seus trabalhos e também porque sentem, tal como os professores, que só alguém com o mesmo trabalho os compreende realmente.
Tracey Cox diz ainda que a maioria dos traidores tem altos níveis de inteligência, sendo pessoas que precisam de estímulos e novidade, razão pela qual se sentem atraídos pelo risco e incerteza de um caso amoroso. Tendo em conta a quantidade de pessoas que é apanhada com as calças (ou as saias) na mão e com mensagens incriminatórias no telemóvel, ninguém diria que um QI elevado pudesse fazer parte da equação…

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