As 5 atividades que os casais felizes não dispensam
Um estudo recente aponta as diferenças principais entre os relacionamentos mais e menos felizes em tempos de Covid-19. Estas são as cinco atividades que aproximaram aqueles que se encontram numa relação romântica.

O estado pandémico do mundo alterou por completo a forma como nos aproximamos ou distanciamos uns dos outros, pelo que veio colocar uma pressão imensa nos relacionamentos proximais, é um facto. E todos, de uma forma ou de outra, o sentimos na pele.
Por causa do confinamento, grande parte dos casais, viram-se na obrigação de passar mais tempo juntos do que alguma vez imaginaram; já os confrontos acerca do cumprimento das regras Covid-19 foram – e são – outro tema impossível de ignorar; para não falar da descida de poder económico, uma das fontes de maior tensão entre seres humanos: o dinheiro. E isto só para mencionar algumas das dificuldades que testaram as relações de 2020.

Assim, em outubro passado, a Relish, uma empresa de coaching de relacionamentos norte-americana, ocupou-se com uma das mais pertinentes questões da atualidade: como estão a sobreviver os relacionamentos à Covid-19?
Assim, para além de tentar perceber como 2020 impactou as nossas relações, a Relish fez outras questões de relevo: como é que a situação atual afetou a nossa saúde mental? Estarão os divórcios a aumentar? Como é que as nossas vidas sexuais foram impactadas? Os Millennials e a Geração X estarão a reagir de forma diferente? Um relacionamento forte será mais resiliente perante o stress e circunstâncias extremas?
A equipa de pesquisadores estudou as respostas de 1736 participantes norte-americanos a um mesmo inquérito, todos em relacionamentos a longo prazo ou casamentos (pode ler toda esta investigação aqui). No entanto destacamos já as principais conclusões.

58% dos inquiridos revelaram níveis de stress elevados, bem como ansiedade e/ou sintomas depressivos, pelo que que o maior impacto sentido pela Covid-19 foi na sua saúde mental. Uma das razões apontadas será a situação financeira vivida, tendo em conta que 45% referiu uma perda significativa de rendimentos com a pandemia. Também 41% das mães que trabalham deixaram os seus empregos, pensaram em fazê-lo ou pediram menos responsabilidade à entidade patronal.
Entre aqueles cuja relação não resistiu a 2020, 68% refere ter-se devido à Covid-19. Para além de tudo isto, a utilização do telemóvel aumentou 23%, pelo que 54% das pessoas relata que o uso deste aparelho pelo seu parceiro afeta a relação. Mas há mais: apesar do confinamento, desde março que os entrevistados relatam ter menos 15% de sexo.
Finalmente, 41% dos participantes revelam que o seu relacionamento está melhor agora do que antes da Covid-19.

No mesmo relatório, Lesley Eccles, fundadora e CEO da Relish afirma: "os nossos resultados contam a história de dois tipos de casal: os que estão em luta e a distanciar-se cada vez mais, e os que se estão a adaptar-se e a crescer juntos".
Desta forma, esta experiência sugere que os casais bem-sucedidos fazem estas cinco coisas: passam tempo de qualidade juntos, fazem planos para o futuro, focam-se em atingir metas, encontram novos hobbies e praticam exercício físico. "Os casais que sobreviveram a 2020 relatam relacionamentos mais felizes do que nunca", segundo Eccles.
No entanto, é preciso não esquecer a percentagem de casais (30%) que acredita, pelo contrário, que o seu relacionamento piorou mesmo com a pandemia. No top de respostas destes casais mais infelizes estão: o facto de fazerem nada, o foco nas crianças, passarem tempo sozinhos ou ainda conectarem-se com antigos amigos – ao ponto de esta situação interferir nas responsabilidades familiares.

Escolas encerradas, férias “forçadas.” Como reagem pais e filhos a este segundo confinamento?
Após vários dias de impasse, o fecho dos estabelecimentos de ensino implicou decisões autónomas (e algumas antecipadas) por parte dos pais, stress junto das crianças e jovens e alguma impaciência nas escolas, creches, e ATL’s. Uma psicóloga e duas famílias refletem sobre os desafios para miúdos e graúdos desta nova fase.