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Afinal, os filmes protagonizados por mulheres rendem mais do que os dos homens

Hollywood pode estar a mudar, mas ainda são muitos os preconceitos de género que se mantêm. Um novo estudo desmistifica alguns.

IMDB | 2015 Warner Bros. Entertainment Inc. and Ratpac-Dune Entertainment LLC
IMDB | 2015 Warner Bros. Entertainment Inc. and Ratpac-Dune Entertainment LLC Foto: Clay Enos
19 de dezembro de 2018 às 19:12 Sara Nascimento

Os preconceitos que persistem em Hollywood dizem-nos que os filmes cujas personagens principais, realizadores ou público alvo são mulheres não interessam ao público em geral ou ganham menos dinheiro do que os ‘liderados’ por homens. No entanto, há um novo estudo que vem dizer precisamente o contrário. Segundo o The New York Times, a Creative Artists Agency , agência de publicidade americana, em conjunto com a Shift7 – empresa tecnológica criada por Megan Smith, que trabalhou com Barck Obama–revelou que de 2014 a 2017, os filmes com maior receita foram protagonizados por uma mulher.

Outro fator curioso está relacionado com o sucesso associado ao conteúdo que passa no Teste de Bechdel, que analisa filmes e outras obras de forma a verificar se existe pelo menos um diálogo entre duas pessoas do sexo feminino cujo tema não sejam homens. Várias são as produções contemporâneas que falham neste passo essencial, o que muitas vezes indica que existe um preconceito de género na realização do conteúdo.

No estudo em questão, concluiu-se que todos os filmes que ultrapassaram  €1 milhão de receitas em bilheteiras internacionais tinham um fator comum: todos passaram no Teste de Bechdel, o que segundo os investigadores comprova que quanto mais diverso em termos de conteúdo for, mais diversa e abundante será a sua audiência.

Ainda que seja difícil de acreditar, a realidade em Hollywood em 2017 mostrava-nos que apenas uma pequena parte dos papéis tinham como protagonistas ou personagens principais mulheres e que o número de protagonistas femininas com mais falas veio a diminuir em relação a 2016.

"Muitas vezes, neste ramo, a influência aparece mascarada de conhecimento (…) A perceção geral é que não é bom para o negócio o sexo feminino ter cargos de liderança, o que não é verdade… E está na hora de Hollywood abrir os olhos e perceber isso" disse Christy Haubegger, produtora e colaboradora da Creative Artists Agency a propósito do estudo.

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