A metamorfose de Isabela Figueiredo
"Meti na cabeça a ideia de me retratar nua quando um ex-namorado pintor o combinou comigo. Fantasiei sobre o assunto, na juventude, mas acabou por nunca se concretizar. Queria ver o meu corpo enquanto objeto de desejo." Leia o testemunho da escritora na Máxima que está nas bancas.

"Estas fotos foram tiradas em junho de 2011, seis meses após a cirurgia bariátrica. Eu já tinha perdido muito peso.
O lugar escolhido pelo Paulo Sérgio BEJu chama-se Levada do Alecrim. Na sua Madre, leito de uma ribeira, existe a Queda da Dona Beija. Foi acima da queda de água que fizemos as fotografias. Lembro-me dessa tarde. Estava sol e calor, mas a água gelava. O odor a ervas e seivas da ilha da Madeira, a pedra aquecida pelo sol, dor, força e esperança, minha e do fotógrafo, em conjura implícita, enchiam o lugar.

Não senti vergonha de me despir frente ao Paulo Sérgio, que conhecia mal. Talvez me tivesse preparado para esse momento ou talvez fosse só a minha velha determinação. Despi-me sem medo. Fui seguindo as suas indicações, como é normal numa sessão desta natureza. Baixa-te. Encosta-te à pedra. Deixa-te flutuar. Levanta a cabeça. Deixei-me ir. O que é que tenho a perder? Sejamos honestos: protegida a alma, o que é que cada um de nós tem a perder?"
Para ler na Máxima 35º anos, nas bancas.

Maria Teresa Horta (1937-2025): "Eu sempre fui considerada uma pessoa de mau feitio em todo o lado, dos jornais à família"
Símbolo máximo da poesia erótica, do jornalismo e do feminismo português, pôs-se no meio da arena, em plena ditadura, e deu o peito às balas para que as mulheres tivessem todos os direitos que foram negados às gerações anteriores, e às anteriores. Aos 86 anos, continuava a ser uma inspiração e uma referência de justiça, inteligência e sensibilidade, como de candura, de teimosia e do “mau feitio” dos muito poucos que fazem o mundo avançar. Maria Teresa Horta morreu, deixando um legado inigualável na literatura, no ativismo e na defesa intransigente da liberdade.
Gaspar Varela e Inês Pires Tavares: "Eu conheci-o no dia do aniversário dele... Oh Meu Deus, não vou dizer que idade ele tinha!"
Fomos voyeurs, imortalizámos o amor alheio. Depois da pandemia, num mundo assumidamente individualista, que lugar têm as ambições pessoais numa relação amorosa? Quatro casais contam-nos as suas histórias de amor no século XXI.
Raquel Tillo e Inês Marques Lucas lembram a forma invulgar como se conheceram
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