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Atual

A liberdade das Señoritas

As Saudades Que Eu Não Tenho é o novo disco da dupla, para escutar e dançar sem medo nem arrependimentos.

04 de maio de 2018 às 07:00 Rita Lúcio Martins
Dois anos depois do álbum de estreia, as Señoritas estão de volta. Sandra Baptista e Mitó Mendes, cúmplices na banda A Naifa, regressam com As Saudades Que Eu Não Tenho, um disco intimista em registo confessional, onde diferentes sonoridades ajudam a contar várias histórias de vida, sempre no feminino.
Vivemos uma época marcada por muitos tipos de revivalismos e alguma nostalgia. Mas as Señoritas escolheram falar de As Saudades Que Eu Não Tenho. O que é que o título deste segundo álbum diz do momento que atravessam?
As Saudades Que Eu Não Tenho é uma viagem emocional pelas  nossas vidas, das vidas que nos rodeiam e que nos inspiram, que nos fazem olhar para trás com uma imensa satisfação e orgulho pelas escolhas e caminhos tomados.
Inquietação e transparência. Porquê estas duas palavras para descrever o novo trabalho?
Somos, acima de tudo, um projeto honesto, na medida em que oferecemos o que de melhor temos e sabemos. Somos transparentes pela nossa entrega, somos reais, a inquietação surge com a nossa necessidade de procura, tanto como pessoas como na parte musical.
É, na íntegra, um álbum escrito, produzido e interpretado por vocês. Um duo autónomo, independente, corajoso, no feminino. Uma fórmula pouco comum, sobretudo em Portugal. Qual é o espaço das Señoritas?
Ainda estamos a criar este novo espaço, sabemos que não é um projeto fácil. Como tal, quem nos ouve e quem acaba por entrar neste universo tão perfeitamente imperfeito é um público mais específico, com alguma maturidade. Cada vez mais, precisamos de novas referências, novos modelos de sociedade. Também é um convite para que mais pessoas se juntem e que façam acontecer.
Liberdade é também uma boa palavra para vos descrever, em termos de sonoridade?
Claro! Este projeto só faz sentido enquanto decidirmos o que nos apetece fazer, sem qualquer tipo de amarras ou de obrigações, desde a parte sonora à imagem e a tudo o que nos envolve.
Nota-se uma componente mais eletrónica neste álbum…
A componente eletrónica já existia no primeiro disco de uma outra forma, mas já existia... Neste disco, quisemos acentuar um pouco mais esse caminho, experimentar outras abordagens, como tal convidamos o Samuel Palitos e ele prontificou-se a colaborar connosco. 
O que toca agora na playlist das Señoritas?
Além dos nossos "animais de estimação" ? P.J. Harvey, Peaches, ESG, Trost, Radiohead, Devo, Chico Buarque, Medeiros Lucas, Ana Deus, entre tantos outros... ?, estamos a saborear o novo álbum  dos Dead Combo, uma verdadeira obra de arte.
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