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À conversa com os Vetusta Morla, a banda que é um sucesso em Espanha

Qual é o segredo do sexteto madrileno que conquistou milhões de plays no Youtube com as suas músicas? Conversámos com David, Jorge e Álvaro, membros da banda, nas bancadas do Coliseu de Lisboa, onde vão atuar em a 26 de maio.

10 de maio de 2018 às 18:00 Rita Silva Avelar
Em 10 anos, receberam dois discos de Platina (Un Dia en El Mundo e 15151) e dois discos de Ouro (Mapas e La Deriva), e foram distinguidos pela revista Rolling Stone como a banda do milénio em Espanha. Os Vetusta Morla, um projeto musical de indie rock que nasceu em Tres Cantos, Madrid, marcam presença pela terceira vez em Portugal, para dois concertos que estão em digressão mundial de apresentação do novo álbum, Mismo Sitio, Distinto Lugar, que vai passar ainda pelo Peru, Chile, Colômbia, México, Argentina e Espanha, num total de 16 concertos. Apesarde terem esgotado uma sala (a do Hard Club, no Porto, onde atuaram a 25 de maio) pode sempre assistir ao concerto do grupo espanhol em Lisboa, no Coliseu dos Recreios, no dia 26 de maio. Foi nesta emblemática sala que nos sentámos com os Vetusta - Pucho, na voz David García "El Indio", na bateria; Álvaro B. Baglietto, no baixo; Jorge González, na percussão; Guillermo Galván, na guitarra; e Juan Manuel Latorre, na guitarra e nas teclas. David, e Álvaro e Jorge conversaram com a Máxima sobre os momentos altos da banda e a vinda a Portugal.
Como se conheceram os Vetusta Morla?
David: Conhecemo-nos no colégio e na universidade, já que somos todos de uma pequena cidade a Norte de Madrid, Tres Cantos. Os nossos interesses musicais pessoais ditaram que haveríamos de ser um grupo.
Nessa altura, no início, já sabiam qual era o estilo musical que queriam para os Vetusta?
Jorge: Quando se começa a criar música, normalmente não se começa com uma intenção muito clara, a ideia é mais juntar os amigos, fazer música e passar momentos divertidos. Pouco a pouco, vão-se solidificando as aprendizagens e ajustando aquilo de que se gosta mais ou menos. No princípio fazíamos um pouco de tudo, juntávamos estilos musicais e misturávamos letras em línguas diferentes. Fomos, pouco a pouco, definindo os instrumentos de todos.
Porque o nome Vetusta Morla?
Álvaro: Tínhamos o nosso primeiro concerto marcado, e era preciso colocar um nome nos cartazes. Fizemos uma votação, cada um propôs um nome, e saiu este. Assim ficou por 20 anos. Pediram-nos várias vezes para o mudar, mas nunca o fizemos.
Qual foi a vossa situação mais insólita em palco?
Álvaro: Uma vez, no México, íamos abrir o concerto de um grupo mexicano muito importante de rock alternativo, os Zoé. O apresentador, antes do concerto, começou a puxar pelo público e anunciou a nossa entrada, só que começámos com a música Los Días Raros, muito baixinho, quase não se ouvia nada – até que o som foi mesmo abaixo. Começaram a atirar pedras! Assim que o palco subiu captámos a atenção do público… que ficou em silêncio a ouvir. Acabou por ser um momento bonito.
Em que se inspira o novo álbum, Mismo Sitio, Distinto Lugar?
Jorge: O mais importante neste disco foi que não importou quando o íamos compor, mas sim como. Sentíamos que existia uma fórmula um pouco desgastada, e queríamos mudar todo o processo. A primeira coisa que decidimos é que o íamos co-produzir, e depois que íamos compondo conforme nos apetecesse, sem regras. É um álbum onde existe um processo de mistura em todos os níveis, do conceito à produção.
Diriam que acaba por ser o culminar de todas as vossas experiências musicais?
David: Mais do que isso, é a união do grupo que está bem visível neste álbum. O melhor de cada um de nós, num só projeto. As nossas diferenças unem-se, por isso só precisámos de as atualizar e melhorar.
Esta é a terceira vez que os Vetusta Morla estão em Portugal. Recordam-se da primeira vez?
Álvaro: No Porto, foi incrível, na Casa da Música.
Jorge: Era a nossa oportunidade para brilhar. Estamos tão perto, Portugal e Espanha, mas a cultura é muito diferente. O Porto é uma cidade que atrai os espanhóis, por isso estavam lá muitos. Queremos fortalecer, hoje, a relação com este país.
Os bilhetes para o concerto dos Vetusta Morla no Coliseu de Lisboa, a 26 de maio, custam €20.
 
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