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“É extraordinário que hoje a música seja global e acessível a todos”
Rhys Lewis é a estrela pop vintage em ascensão que está a conquistar os palcos britânicos – e não só. Antes do seu concerto no Capitólio, em Lisboa, a 14 de abril, Lewis conversou com a Máxima sobre o que o inspira e como se tornou um dos músicos mais ouvidos no Spotify.

Entrou na sonoridade britânica em 2016, arrebatando os primeiros lugares dos singles mais ouvidos no Spotify com Living in The City, uma música que fala sobre a roda-viva que é viver em Londres e da necessidade de fugir para fora de uma cidade que suga energias e onde o tempo passa mais rápido. Rhys Lewis abriu, no ano passado, a primeira parte do concerto de James TW em Portugal e, agora, regressa à cidade lisboeta para um concerto em nome próprio no Capitólio, a 14 de abril. O concerto faz parte da digressão europeia de apresentação de Bad Timing, o EP de estreia de Rhys Lewis editado no passado dia 23 de fevereiro (onde encontramos o recente single Bloodstains ou Reason To Hate You, revelado em novembro).
Antes de regressar a Portugal, Rhys conversou com a Máxima sobre a ascensão de uma das vozes do pop vintage moderno.

Quais foram as primeiras bandas que ouviu?
A primeira vez que fiquei fascinado com uma banda foi quando comecei a conhecer Led Zeppelin porque adorava o rock dos anos 70. E Jimmy Hendrix, que foi uma inspiração quando comecei a tocar guitarra. Depois, o artista Alex Turner chegou com a primeira banda mais moderna que me fascinou, os Artic Monkeys. Eu tinha 14 anos quando o primeiro álbum deles foi revelado.
Com quem partilharia um palco?

Lewis Capaldi, sem dúvida. É um dos novos artistas a emergir na indústria musical mais jovem.
Como definiria a sua voz?
É engraçado que nunca me considerei verdadeiramente um cantor porque eu sempre fui muito mais ligado à escrita de músicas. Comecei a sentir-me mais confortável a cantar em frente a uma multidão. Apesar disso, acho que a minha voz é um pouco rouca, e acho que passo sempre as minhas emoções para as letras, logo isso também se expressa através da voz.

É um dos artistas mais ouvidos do momento em plataformas como o Spotify. Como é que se sente em relação a isso?
Eu sei, é algo que em que tenho pensado, na verdade. Quando as músicas ficam disponíveis há sempre um feeling de não saber bem o que se vai passar a seguir, precisamente em relação à reação das pessoas. De repente, a minha música está disponível em todo o mundo. É extraordinário que hoje em dia possamos tornar a música assim: global e acessível a todos. É também isso que nos liga aos fãs.
O single Living in The City (que se seguiu ao primeiro Waking Up With You) bateu recordes no top Viral Chart do Spotify, e valeu a venda de bilhetes para um concerto em Londres, em menos de 48 horas. É um single autobiográfico?

A música Living in The City é sobre viver em Londres e em como por vezes queremos fugir da cidade para o campo. É sobre continuarmos a amar um sítio que ao mesmo tempo nos suga toda a energia, tempo e dinheiro.
Que música diz mais sobre o Rhys, enquanto ser humano?
Uma das últimas que gravei, Bad Timing. A música fala muito sobre o "sítio" onde estou agora, porque recentemente vivi uma separação, a par de uma ascensão grande na minha carreira enquanto músico. Saber que o percurso musical vai nessa direção significa que resta muito pouco tempo para o que quer que seja, na minha vida pessoal. Assim, Bad Timing simboliza a minha luta (um pouco angustiada) ao querer desfrutar de outras coisas, na minha vida. Claro que um relacionamento amoroso é uma delas. É nesse momento que nos apercebemos o que se tem de sacrificar quando se decide ser artista e dar tanto à carreira.

Como está a cultura musical britânica, neste momento?
Há música muito boa a chegar à cultura musical britânica, o que é verdadeiramente inspirador. Nomes como Lewis Capaldi, Jade Bird, Freya Ridings, Bruno Major estão agora a sair (e a brilhar) na indústria musical britânica.
O que achou do público português quando abriu a primeira parte de James TW, em outubro passado?

Foi o último espetáculo da tour. Eu e o James estávamos um pouco cansados de todas as viagens, foi intenso. Mas, de repente, temos uma audiência à nossa frente muito eufórica de seis mil pessoas entusiasmadas para nos ver. Foi muito simpático, já que foi a minha primeira vez em Lisboa, ter uma multidão a cantar o mais alto que conseguiu.
Qual foi a primeira impressão de Lisboa?
Infelizmente, nem 24 horas estive em Lisboa. As pessoas são amigáveis e pude provar o tradicional pastel de nata! Mas, na verdade, fiquei mesmo fascinado com a recetividade das pessoas.

Rhys Lewis atua a 14 de abril no renovado Capitólio, em Lisboa, e os bilhetes estão disponíveis por €18 aqui.

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