Vacinar é viver: todas as dúvidas dos pais

Para o pediatra Mário Cordeiro, não vacinar é um maltrato grave, um retrocesso civilizacional intolerável. Por isso, não lhe peçam meias-palavras, nem contemplações, mas contem com ele para responder com ciência a todas as dúvidas dos pais.

22 de novembro de 2017 às 07:00 Isabel Stilwell
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"É pena não haver vacina para a ignorância (associada à vacina contra a estupidez!)." Mário Cordeiro

Morte e vida em números

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Entre 1956 e 1965 registaram-se, em Portugal, mais de 40 mil casos de tosse convulsa, poliomielite, tétano e difteria. Entre 2006 e 2015, o número total desceu para 913, de que resultaram "apenas" 23 mortes, com zero casos de poliomielite e zero casos de difteria, o que se traduz em conquistas extraordinárias, mas não irreversíveis. 

O que é uma reacção grave à vacina?

"Uma reacção grave, em termos de impedir a vacinação, é uma urticária grande ou um choque anafiláctico. As crianças que têm reacções alérgicas deste tipo não devem receber uma nova dose da vacina que as provocou, a não ser em meio hospitalar e depois de analisado o caso por um médico especializado. Mas estamos a falar de casos raríssimos e não façamos disso lei!", esclarece Mário Cordeiro.

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Como é que uma criança fica imunizada?

"As vacinas utilizam os mesmos agentes causadores das doenças, mas inactivados, atenuados, modificados ou utilizados apenas em parte. Quando a criança é vacinada, o seu organismo produz anticorpos para aquele agente específico. Assim, ao entrar em contacto com o vírus ou a bactéria causadores da doença, o seu filho está pronto para os atacar", assegura o pediatra.

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