Cuidados de saúde, discriminação, tradições culturais, violência sexual, violência e tráfico humano foram os seis parâmetros escolhidos para identificar os dez países do mundo onde as mulheres correm mais riscos. Com pouca surpresa encontramos a Índia em primeiro lugar do ranking. No estudo realizado pela Fundação Thomas Reuters, o país asiático encontra-se à frente no que diz respeito à violência sexual, tráfico humano e tradições culturais que violentam o sexo feminino. Para os responsáveis pelo estudo, a categoria "tradições culturais" refere-se a ataques com ácido, mutilação genital, casamento infantil e casamento combinado, apedrejamento e infanticídio feminino. Ainda no pódio fica o Afeganistão e a Síria, respetivamente na segunda e terceira posições. Nos últimos lugares estão a Nigéria e os Estados Unidos. A classificação baseia-se na soma dos pontos em cada um dos parâmetros referidos anteriormente. Por essa razão, existem países que encontram altos níveis de perigosidade para as mulheres, mas em campos específicos. É o caso da Rússia que aparece como o quarto país onde as mulheres poderão mais facilmente ser vítimas de tráfico humano. Já a Arábia Saudita ficou classificada em segundo no que diz respeito à discriminação e quinto no que respeita às tradições culturais.
Cada vez é mais urgente a afirmação da mulher, mas sobretudo a sua proteção. Aquando do lançamento do álbum Lemonade, Beyoncé deu ainda mais vida à causa citando Malcom X: "A mulher afro-americana é a mais desrespeitada dos Estados Unidos. A mulher afro-americana é a mais desprotegida dos Estados Unidos. A mulher afro-americana é a mais negligenciada dos Estados Unidos." No entanto, a violência e discriminação sobre todas as formas contra as mulheres é uma realidade pelo mundo todo. Um realidade que precisa de mudar imediatamente.