No meio do furacão de críticas, demissões e movimentações com vista à sua destituição, Theresa May recusa demitir-se e assume-se como uma líder cujo objectivo "é tomar as decisões certas e não as decisões fáceis".
Nesse sentido, a primeira-ministra britânica promete cumprir o mandato popular resultante do referendo e que passa por garantir que o Reino Unido abandona a União Europeia às 23:00 de 29 de Março do próximo ano.
Foi uma primeira-ministra determinada que surgiu, com 25 minutos de atraso, numa conferência de imprensa convocada poucas horas antes. May começou por sublinhar que o cargo que ocupa na chefia do governo implica uma "pesada responsabilidade" que a própria assume e não enjeita. Responsabilidade essa que no momento actual implicava "construir a partir do zero" uma nova relação com a União que salvaguarde "o bem dos nosso filhos e netos".
Theresa May centrou a sua intervenção na importância que sempre deu a cumprir o "interesse nacional", o que, neste caso, passava por "honrar o voto do referendo" que ditou a vitória do Brexit. Para May, o acordo técnico alcançado com Bruxelas, e que resultou num turbilhão de acontecimentos ao longo desta quinta-feira, obrigou a que fosse tomadas "decisões difíceis e algumas vezes desconfortáveis", contudo prometeu continuar a trabalhar no sentido de garantir "o melhor acordo possível".
(Notícia em actualização)