A Máxima continua a fazer história numa edição anual em papel, num site diário e também num programa de televisão do canal NOW, que passa todos os sábados de manhã.
Uma plataforma multidisciplinar, que se continua a expandir sem descurar o lado estético sempre apurado, em editoriais para sonhar - são disso exemplo "A Pele que Habito", com realização de Joyce Doret e fotografada por Ricardo Santos, ou "Lost in Translation", realizado por Cláudia Barros e fotografado por Matilde Viegas; a capacidade de abordar temas complexos com um lado educacional - como verá o leitor na reportagem de Maria João Veloso sobre a dura crise nas urgências obstétricas ou no texto que publicamos sobre os incels, o último exemplo da misoginia extrema, uma reflexão de Diego Armés, que nota como o tema é indissociável do grupo português no Telegram que partilha imagens de mulheres sem o seu consentimento.
A Máxima continua ainda exímia a gerar conversas francas e sem filtros, como aconteceu com as entrevistas de Tiago Manaia a Marina Machete, Miss Portugal, e a Margarida Vila-Nova, depois de ver a peça "À Primeira Vista", que trata a violência sobre as mulheres; a conversa com Bárbara Branco, a atriz do momento e estrela de uma próxima telenovela; ou a entrevista a propósito do novo livro de Tatiana Salem Levy, sobre violação e a partir de uma história pessoal, por Joana Moreira. Joana Ribeiro, da mesma geração de Bárbara Branco, protagoniza editorial vestida pela Dior, ao lado de uma entrevista conduzida por Madalena Haderer.
Há espaço para temas internacionais e virados para o ativismo, como o caso das irmãs Al Otaibi, que pagaram um preço alto por defender os direitos das mulheres na Arábia Saudita, e de outros mais leves como uma viagem à Suiça que é um roteiro para guardar e passar a amigos. Exploramos temas como a decoração, numa visita a casa da supermodelo Claudia Schiffer. E por falar em idade e ícones, Manuel Dias Coelho debruça-se finalmente sobre o tema do idadismo, com Demi Moore, estrela d'A Substância, como elemento central da sua reflexão. Rosário Mello e Castro aborda o tema tabu do tamanho 0 na Moda - sim, as semanas da Moda voltaram a exibir corpos magros, sem representatividade, num exemplo alarmante de retrocesso; enquanto Rita Lúcio Martins esteve no gabinete da neurocientista Luísa Lopes para conversar sobre o que diz a neurociência sobre género, mas também sobre hábitos, cultura e envelhecimento.
Por sua vez, Patrícia Domingues reuniu testemunhos de mulheres que passaram por experiências em que o corpo se tornou, para elas, um verdadeiro superpoder, seja porque foram mães ou porque ultrapassaram um distúrbio alimentar. Em Paris, Patrícia Barnabé conversou com a inspiradora perfumista da Hermès, Christine Nagel, que criou o Barénia, e também visitou a exposição de William Klein, pela primeira vez exibido em Lisboa. Maria João Martins conversou com as mulheres do NOW, novo canal de televisão da Medialivre, com uma forte componente feminina dos bastidores à produção aos rostos do canal.
Para ler e reler e guardar, a Máxima chega às bancas com frescura, modernidade e aborda transversalmente o tema da diversidade dos corpos, da celebração da diferença e da magia da autoaceitação.