Brigitte Macron dispensa o título de primeira-dama
A mulher do presidente francês afirmou “Eu não sou a primeira ou a última, ou uma dama. Eu sou Brigitte Macron!”
Graça Fonseca, secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, falou sobre a sua orientação sexual ao Diário de Notícias numa entrevista publicada esta terça-feira. Antes de mais, este é um passo histórico - é a primeira vez em Portugal que um político assume a homossexualidade publicamente.
Para a governante esta é, acima de tudo, uma afirmação política importante para combater o preconceito. "Se as pessoas começarem a olhar para políticos, pessoas do cinema, desportistas, sabendo-os homossexuais, como é o meu caso, isso pode fazer que a próxima vez que sai uma notícia sobre pessoas serem mortas por serem homossexuais pensem em alguém por quem até têm simpatia", diz Graça Fonseca, que é doutorada em Sociologia e já foi vereadora de António Costa na Câmara de Lisboa.
A secretária de Estado adjunta acrescenta ainda que não basta legalizar o casamento homossexual ou a adoção por casais do mesmo sexo para mudar mentalidades e acabar com a discriminação. "Não bastam para mudar a forma como olho para o outro, que aquilo que muda a forma como olhamos para os fenómenos tem muito que ver com empatia", diz Graça Fonseca. Na entrevista, acrescenta que quer manter intacta a sua privacidade, apesar de considerar ser possível quebrar o conservadorismo e discriminação. "É indiferente se estou com um homem ou com uma mulher. Não altera em nada a forma como faço o Simplex, como faço o orçamento participativo".