É dos mais belos textos de teatro. A Gaivota, do russo Anton Tchekhov, aborda a fragilidade da condição dos artistas na sociedade. Quando foi representada pela primeira. em 1896, foi recebida com ceticismo. A sua linguagem (ainda tão atual) ia contra tudo o que se fazia na época. Stanislavski encenou-a anos mais tarde, tornando-se depois um dos textos mais representados no mundo.
Nina, a personagem que Carolina Amaral lê numa audição simulada a nosso pedido, quer ser atriz, luta para alcançar o seu sonho. Sofre de amor, apaixona-se por um escritor, a vida troca-lhe as voltas e Nina acaba a representar em companhias de teatro secundárias, longe dos palcos que a poderiam tornar numa artista de referência. Como manter a crença no destino artístico quando tal acontece?
O teatro procura respostas. Celebremos quem o faz.
Realização: Tiago Manaia
Imagem e Edição: Mariana Margarido