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Prazeres

Segundo Muelle: os sabores do Peru em Lisboa

Fomos conhecer os sabores que vêm do Peru, mas que antes dão uma verdadeira volta ao mundo antes de chegar aos pratos do restaurante do peruano Daniel Manrique.

27 de abril de 2018 às 13:56 Rita Silva Avelar
Mal entramos pelas portadas do número 30 da Praça Dom Luís, as do restaurante Segundo Muelle, no Cais Sodré, desde 2016, somos contagiados pela boa disposição que se faz notar na voz de Daniel Manrique, o proprietário deste espaço de cozinha peruana com influências do mundo. Apaixonado pela cozinha peruana, Manrique não é presença diária neste que é o seu primeiro espaço em Portugal, está apenas de passagem na capital para receber um grupo de jornalistas e mostrar-lhes as novidades deste recanto gastronómico. E contar a sua história, ao mesmo tempo que prepara um Chilcano (pisco, ginger ale e sumo de limão), a bebida com que dá as boas-vindas aos convidados, em casa.
Segundo Muelle, que em português significa "Segunda Doca", tem uma história com mais de 50 anos, que se cruza com a herança profissional familiar de Daniel Manrique. "O meu avô fundou a sua casa em 1953, eu nasci em 1964 e aos seis meses a minha mãe já me levava à Praia Sul de São Bartolo, em Lima, a capital do Peru. Ao contrário da Praia Norte, a outra praia de São Bartolo, a praia Sul, é uma praia de pescadores artesanais, que antigamente saíam às seis da manhã e regressavam à uma da tarde a casa. A essa hora, iam de casa em casa, com peixe fresco para vender às famílias. Por essa razão, desde pequeno que estou habituado a comer peixe acabado de apanhar. Aos 13 anos, fui conhecer a Praia Norte, que tem duas docas e é uma zona de surfistas. Comecei a pescar com essa idade (até aos 19). Usávamos uma boia e uma rede de nylon (…) lançávamos as redes às seis da tarde e recolhíamo-las às seis da manhã. Dessa hora às 10h, vendíamos o peixe de casa em casa, tal como os outros pescadores. Das 10h às 12h, ia para casa do meu avô para preparar todo o tipo de pratos, desde ceviches a peixe frito ou no forno. Comecei assim", explica-nos o proprietário do restaurante, que no ano passado recebeu um milhão de visitas em todos os dez espaços (no Peru, na casa-mãe, em três sítios do Equador, dois no Panamá, dois em Espanha e um na Costa Rica).
A carta do restaurante, que fica mesmo ao lado do Mercado da Ribeira, mantém-se fiel à dos outros novos espaços, mas a novidade é que se divide por ‘Influencias’. São elas a cozinha espanhola, africana, chinesa, japonesa e italiana, uma verdadeira fusão de sabores, sempre com o peixe como estrela ao centro do prato. No Segundo Muelle há 20 pratos à escolha, por isso a partilha é sempre uma das melhores opções (até porque, assim, toda a gente pode provar tudo). Nas novidades, encontramos os ceviches Nikkei, feito com atum fresco e abacate coberto por molho nipónico, ervilha torta e choclo salteado, e o Al Olivo (marisco coberto por molho cremoso de azeitona botija (uma espécie peruana) com choclo (milho) e camote (uma variante da batata-doce) glaceado. Outra das novidades é o risotto Camarones, com cremoso de camarão, açafrão, pimento vermelho e ervilhas e, de outra influência, o Linguini Frutti di Mare, com vários mariscos salteados com molho de malagueta amarela. Aviso à tripulação: não saia sem fazer duas coisas. Pedir, para acompanhar a refeição, um sour de frutos vermelhos com batido de Pisco e clara de ovo, e terminar com uma Mousse de Lucuma (fruto originário do Peru) que acompanha com chocolate e caramelo salgado.
 
Onde? Praça Dom Luís, 30 (Cais do Sodré), Lisboa. Quando? Das 12h00 às 00h00. Não encerra. Como reservar? 93 116 91 58
 
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