Sofia de Moser Leitão: "Se nos sentirmos bem com aquilo que vestimos, é meio caminho andado para o look funcionar"
A portuguesa que conquista as ruas de Paris com o seu estilo único e as suas peças de cerâmica peculiares falou à Máxima sobre a Moda, a contemporaneidade e a feminidade.

Imersa nas ruas parisienses desde 2019, Sofia de Moser Leitão personifica o estilo clássico e arrojado, uma ode à contemporaneidade. A sua jornada, que começou nas vibrantes ruas de Lisboa enquanto tirava um mestrado em Gestão Cultural, levou-a a mergulhar de cabeça em duas esferas aparentemente distintas: a Moda e a cerâmica. No entanto, para Sofia, essas duas paixões convergem de maneiras fascinantes, moldando não apenas o seu estilo pessoal, mas também a sua visão de mundo.
A criadora de conteúdos faz parte das mango girls (uma comunidade de talentos, que partilha os mesmos valores que a marca), onde consegue explorar mais a fundo a sua outra paixão. Na entrevista que dá à Máxima, refere que o estilo pessoal transcende as roupas que vestimos, é uma expressão autêntica de quem somos. Em ambas as atividades profissionais, a sua abordagem é caracterizada pela feminilidade, confiança e um toque de ousadia. Esteja ela a desbravar as ruas de Paris com o seu trench coat ou a moldar argila no seu estúdio, Sofia incorpora um estilo que é verdadeiramente inspirador.


No que toca à nova coleção da Mango, Selection, Sofia destaca a sua afinidade com a abordagem moderna e atemporal nas peças. Vê a coleção como um reflexo das mulheres de hoje: confiantes, empoderadas e seguras de si mesmas. As peças clássicas são reinventadas com cortes modernos, equilibrando elementos masculinos e femininos, o que ressoa com o estilo pessoal de Sofia.
Como Mango Girl, como descreverias a nova coleção Selection da Mango, em termos de estilo e abordagem?

A nova coleção da Mango é, a meu ver, uma coleção para as mulheres dos dias de hoje. São peças clássicas com cortes modernos. Identifico-me bastante com esta nova coleção e acho que é das minhas preferidas.
Podes partilhar alguns dos teus looks preferidos ou sugestões de estilo pessoal que te definem?
Uma das minhas peças favoritas desta coleção é o trench coat bege. Sempre adorei ver mulheres e homens de trench coat. É uma peça que uso em quase todas as estações. Está sempre pendurada à entrada de minha casa e funciona bem com qualquer look. Pode ser usada com ténis durante o dia, com botas para ir a um concerto ou com saltos altos para ir jantar fora ou sair à noite.

Na tua opinião, como é que achas que esta coleção se distingue das anteriores em termos de peças de vestuário e acessórios premium?
Na minha opinião esta é uma coleção com muita qualidade. Quando me deparei com o lookbook pareceu-me uma coleção de uma marca de luxo. Para além disso, a qualidade das peças é muito superior a outras coleções passadas. Muitas das peças são ideais para guardar no armário durante anos.


Que sugestões de styling é que darias a alguém que tem dificuldades em conjugar peças diferentes?
Diria para não terem medo de arriscar e de errar. Acho que o mais importante é a atitude da pessoa: se nos sentirmos bem e confortáveis com aquilo que vestimos, é meio caminho andado para o look funcionar. Nada é mais atraente do que uma pessoa que está bem na sua própria pele. Acho que é esse o segredo de um bom look.
Tens alguma peça de roupa que nunca usarias? E quais são as que nunca vão sair do teu armário?
Não me imagino a usar crocs nem bermudas, por exemplo. Por outro lado, acho que nunca vou deixar de usar botas cowboy, trench coats e um blazer preto com um bom corte.
Qual foi a tendência a que nunca aderiste?
Usar crocs ou crop tops.
Quando estás sem inspiração, qual é o teu look de eleição?
T-shirt branca, jeans, botas de cowboy pretas e um blazer.

Como definirias o teu estilo pessoal?
Difícil de dizer, mas acho que é na maioria das vezes bastante feminino.
Para além da Moda, sabemos que tens uma paixão pela cerâmica. Como é que começaste nesta área e como a incorporas na tua vida diária?
Comecei a cerâmica há cerca de 6 anos, quando vivia em Lisboa e estava a fazer um mestrado pós-laboral em Gestão Cultural. Inscrevi-me numas aulas num atelier na Graça e mais tarde no curso intensivo de cerâmica do ArCo e as coisas foram acontecendo naturalmente. Hoje em dia uma grande parte da minha atividade profissional é dedicada à cerâmica. Não estava minimamente nos meus planos, mas tenho tido cada vez mais projetos e oportunidades ligadas à cerâmica.
