O Instagram anunciou esta terça-feira, 19 de março, uma nova funcionalidade que permitirá aos utilizadores fazer compras diretamente na aplicação de partilha de fotografias.
Inicialmente, esta nova funcionalidade só estará disponível para os utilizadores nos Estados Unidos, que poderão comprar produtos de 20 marcas, incluindo Adidas, Burberry, H&M e Zara, diretamente na aplicação através de uma nova opção de "checkout". No entanto, a empresa detida pelo Facebook pretende alargar este serviço a novas marcas "nos próximos meses".
O anúncio é feito depois de o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, ter dito recentemente, na última conference call após a apresentação de resultados, que planeava focar-se este ano na monetização do Instagram e WhatsApp, aplicações que foram adquiridas pela rede social em 2012 e 2014, respetivamente.
Segundo o Financial Times, alguns especialistas acreditam que o Facebook tem planos de longo prazo para imitar "super aplicações", como a chinesa WeChat, que permite aos utilizadores enviar dinheiro, fazer compras e jogar sem ter de sair da plataforma.
Nesta altura, os utilizadores do Instagram ainda têm de sair da aplicação e aceder aos sites das empresas para comprar os produtos que vêm nas fotos partilhadas pelas contas dessas marcas.
Com a nova funcionalidade, os utilizadores passam a poder fazer as compras através do próprio Instagram, que vai cobrar uma comissão às marcas por cada transação feita na aplicação.
Os utilizadores poderão fazer o pagamento com Visa, Mastercard, American Express, PayPal e Discover, e os pagamentos serão processados em parceria com a PayPal.
"As pessoas já não precisam de passar para o navegador quando querem comprar", disse a empresa em comunicado. "E com as suas informações de pagamento protegidas num só lugar, podem comprar as suas marcas favoritas sem precisar de fazer login e inserir os seus dados várias vezes".
O Facebook não revela as receitas do Instagram, mas de acordo com as estimativas da eMarketer, a aplicação deverá gerar 14,4 mil milhões de dólares em receita de publicidade em 2019.