“Perguntam-me se me sinto mais branca ou negra, se me sinto mais francesa ou africana”
Cindy Bruna, capa da 'Máxima' de fevereiro, já nas bancas, fala-nos dos seus gostos e preferências de estilo.
Cindy Bruna não está a sorrir na capa da Máxima de fevereiro, mas garantimos que o seu sorriso é contagiante. A modelo francesa de Saint-Raphaël tem 25 anos e vive em Nova Iorque. Tal como a própria descreve na sua página de Instagram é "meia congolesa, meia italiana", mas esta é apenas uma referência aos seus pais.
Foi durante umas férias nas praias de Cagnes-sur-Mer, na Riviera Francesa, que foi abordada por Dominique Savri, booker da agência de modelos francesa Metropolitan. Tinha 16 anos já distribuídos pelos seus 1,80 m de altura. Começou na Moda com os icónicos Alaïa e Elie Saab e foi a primeira modelo não-caucasiana a ser exclusiva da Calvin Klein, em 2012. No ano seguinte foi fotografada por Steven Meisel para a capa de dezembro da Vogue Itália, sendo o rosto da edição de setembro da mesma publicação.

2013 é também o ano que desfila pela primeira vez para a Victoria's Secret, conquistando as asas de Anjo no ano seguinte. A partir daí vimo-la nas campanhas de grandes marcas, nomeadamente Chanel, Prada, Burberry, Yves Saint Laurent, Givenchy, Balmain, Alexander McQueen, entre muitas outras. Em janeiro de 2020, desfilou na Semana de Moda de Alta-Costura, em Paris, marcando presença no desfile de despedida de Jean Paul Gaultier das passerelles. Antes de entrar fez o sinal da cruz, movimento que confessa fazer sempre que entra numa passerelle.
Cindy Bruna participou no seu primeiro filme há três anos, em Valerian e a Cidade dos Mil Planetas (2017) de Luc Besson, com Cara Delevingne, Clive Owen, Rihanna e Ethan Hawke, e ainda em Ocean's 8 (2018). Conversámos com a modelo – que poderia ser contabilista por sempre ter sido boa com números – como nos contou na segunda edição do LegShow da Calzedonia, em Verona. Estas são as dez coisas que provavelmente não sabia a seu respeito:
A primeira coisa que faz quando acorda

É terrível, mas olho para o meu telemóvel.
Um livro fundamental
O Poder do Agora [de Eckhart Tolle].
A cor favorita
Azul. Eu adoro pintar, faço-o para mim, e percebi que estava sempre a usar o tom nos meus quadros.
Um ritual
Gostava de fazê-lo mais, mas é meditar. É o que faço para relaxar.
Os seus mandamentos para a alimentação
Acredito que seja encontrar um equilíbrio. Eu adoro pizza, pão, é claro que adoro queijo, mas sei que tenho de beber mais líquidos, comer legumes, peixe e por outro lado comer à vontade. O meu guilty pleasure diria que é queijo, pão e queijo… Com vinho, sou francesa!
O que leva sempre na carteira
Bálsamo labial e batom.
Um talento escondido
Eu vou dizer a pintura, porque é o que eu adoro fazer.
A melhor viagem que fez e porquê?
Eu fui às Bahamas e foi incrível! A água, o ambiente… Foi fabuloso.
A viagem que sonha em fazer
Japão, eu adorava ir ao Japão!
A pergunta que não suporta que lhe façam
Já aconteceu de diversas formas, mas quando perguntam-me se me sinto mais branca ou negra, se me sinto mais francesa ou africana… Isso é indelicado, é esquisito, não sei… Eu não tenho de escolher para provar algo.
