O nosso website armazena cookies no seu equipamento que são utilizados para assegurar funcionalidades que lhe permitem uma melhor experiência de navegação e utilização. Ao prosseguir com a navegação está a consentir a sua utilização. Para saber mais sobre cookies ou para os desativar consulte a Politica de Cookies Medialivre
Celebridades

Diana de Gales morreu há 23 anos. Mas as teorias da conspiração multiplicam-se

Amada pelos britânicos, a princesa Diana faria hoje 59 anos se um acidente brutal não lhe tivesse tirado a vida, a 31 de agosto de 1997. Mais de duas décadas depois, ainda há teorias misteriosas em torno do que precipitou a sua morte.

Foto: Getty Images
31 de agosto de 2020 às 14:50 Rita Silva Avelar

O mundo parou a 31 de agosto de 1997. Lembro-me como se fosse hoje: estava no Algarve, de férias, um calor sufocante, e a televisão mostrava a consternação dos britânicos perante um destino fatal de uma princesa que já era naturalmente melancólica nas imagens que os tablóides ingleses mostravam ao mundo. Isto apesar de quem a conhecer dizer que o seu sentido de humor era apuradíssimo. Na biografia "Diana: Closely Guarded Secret", Ken Wharfe, um dos guarda-costas mais conhecidos da princesa (foi-o sete anos) e o primeiro a publicar um livro de memórias sobre a mesma, revela precisamente esse lado mais acessível de Diana, narrando um lado animoso e até divertido da princesa.

Sabe-se que na fatídica noite daquele verão de 1997, Diana seguia num carro com o seu namorado, Dodi Al-Fayeddied e com o seu segurança Trevor Rees-Jones num Mercedes que andava demasiado rápido. Sabe-se que o motorista, Henri Paul (chefe de segurança do Ritz Paris) teria bebido demais e que os passageiros não tinham cinto de segurança posto. Este relato, como mostram as evidências policiais do acidente no túnel Pont D’Alma, em Paris, seriam suficientes para afastar teorias da conspiração. Mas não é assim, claro, sobretudo quando falamos de personagens emblemáticas como Diana o foi. Seriam necessárias duas investigações para apurar os factos: uma francesa, liderada pela brigada criminal que acompanhou o acidente; a outra, britânica, aberta em 2004 sobre alegações de "encobrimento" de um assassinato e "conspiração" de agentes do MI6 sob as ordens da família real. "A realidade teria sido mais fácil de demonstrar, mas as teorias da conspiração têm a vantagem de fazer as pessoas sonhar" revela Jean-Michel Carradec'h, jornalista e autor de "Qui a killed Lady Di?" em entrevista à Madame Figaro.

Para este jornalista, a história e os factos deveriam bastar para que não existisse espaço para as teorias da conspiração. "Primeiro, Diana nunca deveria ter estado no Ritz naquela noite. O programa inicial previa também que eles pudessem jantar no Benoit's (um restaurante no Marais). Mas Dodi mudou de ideias" revela Carradec'h. "Em segundo lugar, Diana nunca deveria ter estado naquele carro. É novamente Dodi que escolhe, meia hora antes da partida, mudar de carro. O veículo foi então escolhido completamente por acaso. Finalmente, Diana nunca deveria ter sido transportada por este condutor (Henri Paul, chefe de segurança adjunto do Ritz. Dodi chama o Sr. Paul enquanto ele está de férias nesse dia, e ele chega num estado de euforia bastante evidente (os testes revelarão um nível de 1,74 g de álcool no seu sangue, bem como várias substâncias medicinais)." O jornalista acrescenta que embora os acontecimentos tenham sido improvisados por Dodi, a junção dos mesmos não passa de um conjunto de imprevistos irresponsáveis, afastando as muitas teorias da conspiração.

Num artigo que o jornal The Independent dedica ao tema, reúne pelo menos oito teorias, e todas apontam para a intenção de assassinato da princesa "do povo", como assim era acarinhada pelos ingleses. Entre elas, a de que Diana estaria grávida – e esta é fortemente sustentada por Mohamed Al-Fayed, pai de Dodi – e de que a família real britânica nunca aceitaria um descendente muçulmano egípcio. Segundo uma carta revelada por Paul Burrell, mordomo da princesa, esta também acreditava que alguém a queria matar. Lia-se, na carta: "Esta fase particular da minha vida é a mais perigosa (…) está-se a planear 'um acidente' no meu carro, uma falha do freio e um grave ferimento na cabeça, para deixar o caminho livre para o Charles se casar." Sabe-se que a carta foi escrita numa altura em que Diana tinha constantemente problemas com o carro que a transportava diariamente, na altura em que um dos seus seguranças, Barry Mannakee, com quem teve um affair, tinha morrido num acidente de carro (e que Diana acredita ter sido orquestrado).

Apontam-se, entre os culpados, os paparazzis que perseguiam obsessivamente Diana: foi perseguida pela imprensa até aos últimos minutos que respirou. A prova disso é que existem fotografias da Diana na noite da sua morte, seja à saída do Ritz ou dentro do Mercedes onde seguiam. No seu livro de memórias, Ken Wharfe relata muitas situações exaustivas, que mostravam quão afetada psicologicamente ficava a princesa com a intrusão constante da sua privacidade, acusando-os de procurarem retratar uma princesa solitária e amargurada, sobretudo após Diana saber que o marido a traia. As teorias da conspiração com paparazzis vão ao ponto de se achar que provocaram o acidente intencionalmente.

É claro que o motorista, Henri Paul, também está entre os suspeitos de ter provocado deliberadamente a morte de Diana. Há quem testemunhe que o motorista não apresentava sinais de estar embriagado, nessa noite, e que o exame toxicológico foi trocado por o de outra pessoa.

Outras teorias incluem a tese de que o carro estava propositadamente danificado, que existiam carros com luzes estranhas na estrada, ou que os médicos que receberam Diana no hospital a deixaram morrer de forma intencional, seguindo ordens de alguém.

O colar com a inicial | Ainda antes de se casar com o príncipe Carlos, Diana costumava aparecer com um colar no qual se encontrava pendente a inicial do seu nome ‘D’. Foram várias as vezes em que surgiu em público com o acessório.
1 de 12 / O colar com a inicial | Ainda antes de se casar com o príncipe Carlos, Diana costumava aparecer com um colar no qual se encontrava pendente a inicial do seu nome ‘D’. Foram várias as vezes em que surgiu em público com o acessório.
Dois relógios de pulso | Diana chegou a surgir em eventos públicos usando dois relógios no mesmo pulso. Este momento específico tem uma história romântica por detrás: segundo consta, Diana ofereceu-se a usar o relógio do príncipe Carlos enquanto ele jogava polo, ficando assim com o dela e com o dele.
2 de 12 / Dois relógios de pulso | Diana chegou a surgir em eventos públicos usando dois relógios no mesmo pulso. Este momento específico tem uma história romântica por detrás: segundo consta, Diana ofereceu-se a usar o relógio do príncipe Carlos enquanto ele jogava polo, ficando assim com o dela e com o dele.
Anéis no dedo mindinho | A moda de usar anéis no dedo mindinho não é de hoje… Afinal de contas, já Diana tinha esse hábito de usar três anéis da Cartier nesse mesmo dedo.
3 de 12 / Anéis no dedo mindinho | A moda de usar anéis no dedo mindinho não é de hoje… Afinal de contas, já Diana tinha esse hábito de usar três anéis da Cartier nesse mesmo dedo.
Colar nas costas | Mais uma tendência que vemos nos dias de hoje, mas que já Diana fazia questão de usar. Nesta imagem, escolheu um colar de pérolas grande a pender para as costas, aproveitando o enorme decote do vestido atrás.
4 de 12 / Colar nas costas | Mais uma tendência que vemos nos dias de hoje, mas que já Diana fazia questão de usar. Nesta imagem, escolheu um colar de pérolas grande a pender para as costas, aproveitando o enorme decote do vestido atrás.
Óculos | Diana não usava óculos de ver, no entanto, chegou a surgir algumas vezes com óculos transparentes. Uma tendência que também se vê nos dias de hoje.
5 de 12 / Óculos | Diana não usava óculos de ver, no entanto, chegou a surgir algumas vezes com óculos transparentes. Uma tendência que também se vê nos dias de hoje.
Luvas de cores diferentes | Nesta ocasião, Diana resolveu quebrar as regras que dizem que devemos usar sempre as coisas aos pares e de uma mesma cor. Nesta fotografia, vemo-la a usar umas luvas, cada uma de sua cor.
6 de 12 / Luvas de cores diferentes | Nesta ocasião, Diana resolveu quebrar as regras que dizem que devemos usar sempre as coisas aos pares e de uma mesma cor. Nesta fotografia, vemo-la a usar umas luvas, cada uma de sua cor.
Pulseira da sorte | Diana sempre deu valor a certos objetos e superstições. É o caso desta pulseira da sorte que usou uma série de vezes e que supostamente tinha as letras ‘H’ e ‘W’ de Harry e William, bem como um ‘X’ que marcava o 10.º aniversário do seu casamento com Carlos.
7 de 12 / Pulseira da sorte | Diana sempre deu valor a certos objetos e superstições. É o caso desta pulseira da sorte que usou uma série de vezes e que supostamente tinha as letras ‘H’ e ‘W’ de Harry e William, bem como um ‘X’ que marcava o 10.º aniversário do seu casamento com Carlos.
Meias coloridas | Poucos se apercebiam deste pormenor, mas Diana gostava de combinar a cor das meias de vidro com a sua roupa. Segundo consta, o tom era sempre exatamente igual ao da indumentária escolhida, graças a uma técnica de colorir meias feita à mão.
8 de 12 / Meias coloridas | Poucos se apercebiam deste pormenor, mas Diana gostava de combinar a cor das meias de vidro com a sua roupa. Segundo consta, o tom era sempre exatamente igual ao da indumentária escolhida, graças a uma técnica de colorir meias feita à mão.
Detalhes com humor | Esta camisola de lã que usou, com o desenho de várias ovelhas, mas na qual se destaca uma ovelha negra é disso exemplo. Há até quem hoje faça o paralelismo à forma como ela se estaria a sentir na época – a ‘ovelha negra’ da família.
9 de 12 / Detalhes com humor | Esta camisola de lã que usou, com o desenho de várias ovelhas, mas na qual se destaca uma ovelha negra é disso exemplo. Há até quem hoje faça o paralelismo à forma como ela se estaria a sentir na época – a ‘ovelha negra’ da família.
Tributo a Isabel II | Em alguns eventos oficiais, Diana prestava o seu tributo à rainha de Inglaterra através de uma pregadeira com a imagem de Isabel II que usava ao peito.
10 de 12 / Tributo a Isabel II | Em alguns eventos oficiais, Diana prestava o seu tributo à rainha de Inglaterra através de uma pregadeira com a imagem de Isabel II que usava ao peito.
Eyeliner azul | Nem só na moda Diana ditava tendências. Também na beleza gostava de inovar. Exemplo disso é o eyeliner azul que gostava de usar, sobretudo quando vestia roupas desse tom.
11 de 12 / Eyeliner azul | Nem só na moda Diana ditava tendências. Também na beleza gostava de inovar. Exemplo disso é o eyeliner azul que gostava de usar, sobretudo quando vestia roupas desse tom.
Meias originais | E com um toque de pin-up… Em várias ocasiões Diana optou por umas meias de vidro com o pormenor de um lacinho atrás, revelando que o seu estilo nunca foi muito conservador.
12 de 12 / Meias originais | E com um toque de pin-up… Em várias ocasiões Diana optou por umas meias de vidro com o pormenor de um lacinho atrás, revelando que o seu estilo nunca foi muito conservador.
Leia também

Diana e Carlos em Lisboa: o princípio do fim do casamento real

Bela e espirituosa, Diana acompanhou o marido a Portugal em fevereiro de 1987, mas consigo trazia o segredo de um casamento arruinado. Sabendo dos quartos separados no Palácio de Queluz, os tablóides britânicos falaram, pela primeira vez, na crise conjugal dos príncipes de Gales e não mais pararam de os perseguir em busca de sinais comprometedores. A propósito da estreia da quarta temporada da série “The Crown”, recordamos esses quatro dias cruciais para a vida do casal

As Mais Lidas