A nova regra de Keira Knightley quanto às cenas de sexo
A atriz disse que não tem intenções de se voltar a despir a não ser para filmes com uma perspetiva feminina ou relacionada com a maternidade.
Keira Knightley tem sido uma das vozes mais ativas e sinceras em relação à desigualdade de género no Cinema. Numa conversa recente com a realizadora Lulu Wang e a produtora e escritora Diane Solway para o novo podcast da Chanel, a atriz explicou que não tem intenções de se despir em filmes realizados por homens.
Knightley disse ainda sentir-se muito desconfortável com o olhar masculino em relação às cenas de sexo. "Não quero entrar naquelas cenas de sexo em que estamos cobertas de óleo e está toda a gente a grunhir. Não estou interessada em fazer isso," diz no podcast, que pode ouvir em cima.

Numa altura em que Hollywood discute comportamentos há muito estabelecidos e que têm levado muitas produtoras a incluir especialistas em intimidade nos sets (como aconteceu na série Normal People), Knightley acrescenta que esta decisão prende-se com o facto da perspectiva masculina continuar a dominar a indústria.
"Se estivesse a contar uma história sobre o caminho para a maternidade e a aceitação do corpo – e peço desculpa, mas teria de ser uma mulher a filmá-la – não poria completamente de parte [as cenas de nudez], mas acho que, com homens, não o faria."
Desde 2015 que a atriz de Expiação e Orgulho e Preconceito acrescentou uma cláusula de nudez aos seus contratos. Nesta mesma conversa, explica que a vaidade também entra na equação desta decisão. "Há vezes em que penso: ok, eu consigo perceber perfeitamente que o sexo tem de ser bom neste filme e que basicamente [o realizador] precisa de alguém giro. Por isso prefiro que chamem outra pessoa porque tornei-me demasiado vaidosa, este corpo já produziu duas crianças e agora prefiro não ter de estar nua em frente a grupo de homens," rematou.

“Há claramente uma relação entre o conservadorismo e a violência na intimidade”
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