O ator de 75 anos foi detido em regime de custódia policial, tendo sido foi convocado para ser interrogado nas instalações do 3.º distrito da Polícia Judiciária (3.º DPJ) em Paris, avança a France Presse e meios franceses como o Libération também já confirmaram a notícia. Até ao fim da manhã, os seus advogados Mes Christian Saint-Palais e Béatrice Geissmann Achille não responderam aos pedidos da Agência France-Presse para esclarecimentos adicionais.As acusações feitas contra o famoso ator têm pelo menos seis anos: a
27 de agosto de 2018 a jovem atriz Charlotte Arnould apresentou queixa contra Depardieu, dizendo que este a violou duas vezes na sua casa de Paris, com dois dias de intervalo. "A atriz tinha 22 anos na altura. Depardieu é ouvido pela polícia, mas não fica sob custódia. Em 2019 a queixa é arquivada. A atriz apresenta nova queixa contra o ator em 2020, abrindo uma investigação. Na altura, um juiz de instrução diz existirem indícios graves contra o ator. Depardieu começa então a ser investigado por violação", escreve Tiago Manaia num artigo sobre o tema.
Em 2023, são já várias as mulheres que falam. Aliás, o site Mediapart publicou, em finais de dezembro do ano passado, uma investigação com 13 testemunhas. Mais tarde, foi escrita uma carta aberta por várias figuras públicas - entre elas o produtor de cinema Paulo Branco - a defender a presunção de inocência de Depardieu. Também o presidente francês, Emmanuel Macron, na altura, defendeu Depardieu em plena televisão.Segundo um exclusivo do Courrier de l'Ouest, o ator foi alvo de uma nova denúncia por agressão sexual logo no início de 2024. Há pelo menos duas mulheres nesta última leva de acusações, com acontecimentos que remontam às filmagens de Le Magicien et les Siamois (2015) e Les Volets verts (2022). Uma cenógrafa, Amélie, de 53 anos, denunciou o ator por "comentários e comportamentos obscenos" durante uma filmagem do primeiro, realizada em 2014, perto de Angers (Maine-et-Loire). Gérard Depardieu contesta os factos de que é acusado.