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Beleza / Wellness

Menstruação e Jogos Olímpicos. Um estudo, um ranking

A Intimina resumiu os resultados numa tabela de classificação que avalia o histórico dos países que competirão em Paris este verão no âmbito dos seus comportamentos e medidas para amenizar os impactos da menstruação nas mulheres.

Foto: Pexels
16 de julho de 2024 às 17:11 Rita Silva Avelar

Associar estes dois temas pode parecer descabido, até a Intimina, marca sueca especialista saúde íntima feminina, mover os seus especialistas para gerar um estudo associativo entre os países com melhores medidas para salvaguardar a higiene menstrual das mulheres e os Jogos Olímpicos de Paris, que arrancam a 26 de julho e decorrem até 11 de agosto de 2024. 

Para tal, a Intimina gerou uma"Period Medals", uma tabela de classificação "que avalia o histórico dos países que competirão em Paris este verão no âmbito dos seus comportamentos e medidas para amenizar os impactos da menstruação nas mulheres – e vê grandes nomes do desporto fora do pódio", de acordo com a marca. O estudo avaliou parâmetros como o acesso a produtos de higiene menstrual (incluindo custo, impostos, variedade e disponibilidade de casas de banho privadas e seguras); o estigma associado à menstruação (incluindo atitudes culturais e representação nos meios de comunicação social); o acesso ao controlo da natalidade e aborto (incluindo legislação, facilidade de acesso ao controlo da natalidade e comportamentos culturais); as políticas no local de trabalho relacionadas à menstruação – incluindo profissões desportivas (licença médica); e a educação sobre menstruação (incluindo acesso e consistência de recursos e políticas educacionais).

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Dos resultados, conclui-se que a Suíça é o país onde a menstruação menos impacta as atletas; já o Reino Unido ocupa o quinto lugar do ranking. Ainda assim, nenhum dos 206 países que estarão na competição em Paris alcançou a pontuação máxima nos cinco indicadores chave de apoio positivo para a saúde reprodutiva feminina. "Embora tenha existido um importante investimento na compreensão de como os ciclos menstruais afetam as atletas, ainda há uma necessidade urgente de mudança em todo o mundo", afirmou Susanna Unsworth, ginecologista da INTIMINA. "Quase metade (42%) das atletas dizem que os seus períodos foram um fator na decisão de abandonar o desporto completamente [dados da pesquisa "Women in Sport", conduzida em 2022 pela BBC] e, para além disso, os dados da UNESCO mostraram que 335 milhões de jovens frequentam escolas com instalações com escassez de água, saneamento e higiene, afetando a sua educação e evitando que alcancem o seu verdadeiro potencial na vida pessoal e nas suas rotinas de desporto. Mesmo no Reino Unido, 1 em cada 10 jovens mulheres não pode comprar produtos de cuidados menstruais – nos EUA é 1 em cada 5 [PLAN International UK]", recorda a ginecologista. "Devemos continuar a honrar e apoiar todas as atletas que mostram coragem ao responsabilizar os media, instituições desportivas e os governos mundiais sobre a saúde reprodutiva feminina – para manter a viabilidade do caminho das mulheres no desporto", conclui.

A Intimina premiou, com Medalhas de Ouro de Edição Limitada, atletas britânicas que quebraram tabus sobre o tema da menstruação no desporto, incluindo Heather Watson, Eilish McColgan, Dina Asher-Smith e as Lionesses.

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