Diário de uma dieta. Afinal, é possível superar a fome emocional
A Catarina está a meio da dieta YES!diet. Nesta semana, relata como está a lidar com a fome emocional, ao mesmo tempo que aproveita os guilty pleasures permitidos no plano.
É incrível como, nos primeiros dias, penso que o principal desafio desta dieta está a ser lembrar-me de comer, de fazer todas as refeições a tempo e horas. Tive uns testes difíceis: fui jantar a casa dos meus pais, havia empadão com rodelas de chouriço, sobremesa, bolo - havia tudo. E eu que até podia fazer uma "asneira" semanal, não comi nada! Segui o meu plano e fiquei feliz da vida. Noutro dia, fui jantar a casa de uns amigos que pediram McDonald's. Idem, comi e cumpri o meu plano à risca. Como boa portuguesa, gosto do convívio à mesa, mas confesso que comer sem me impor limites, em relação à quantidade, começa a ser algo distante, uma miragem que está quase a desaparecer, para dar lugar à saciedade através dos alimentos certas (e igualmente bons).
Eu não sinto fome, sinto saudades de comer outras coisas, como o tal empadão a sair do forno com o chouriço a crepitar por cima, claro, o cheiro da comida é sempre um desafio. Mas não vou ceder, tenho feito tudo certinho, e tem sido maravilhoso. Tenho saudades de comer uma pizza e beber uma Coca-cola (posso beber a versão light mas não acho a mesma coisa), mas sinto a minha relação com a alimentação a mudar.
Não me custa nada beber água. Sinto que a minha barriga desinchou, e, após a primeira semana a cumprir a dieta, perdi 5,5 cm de volume abdominal e estou nos 96,2 kg. Ou seja, disse adeus a 3,3 kg em sete dias e pelo andar da carruagem serão muitos mais (espero).
Um dos meus rituais preferidos são os pequenos-almoços. Comer panquecas não é exclusivo dos pequenos-almoços de hotel, rapidamente percebo. Sempre que via panquecas achava que era um sem fim de passos até poder dar a primeira garfada, afinal, com as da YES!diet, é num instante. Experimentei as panquecas de maçã caramelizadas com sementes de chia (leram bem, soa tão delicioso como é). Mal posso esperar pela próxima garfada, no pequeno-almoço de amanhã. Sinto algum desafio com as papas de aveia e com as barras, porque não gosto de chocolate e sou esquisita com texturas, confesso. Deixo-vos uma fotografia das minhas panquecas, que embora disformes, continuam deliciosas.
Já contei que o meu gato continua curioso com os meus snacks? Talvez queira provar. Os dias passam e nem dou pelo tal desespero de "acabar" a dieta. Sinto que estou mesmo a reaprender a comer, que esta é uma fase de transição para uma fase melhor, mais rica, que me trará também crescimento pessoal. A comida influencia as nossas vidas mais do que pensamos, já se deram conta disso? Começo a perceber que posso continuar a adorar comer sem fazer uma vida de sacríficios. Essa noção, já ninguém me tira.