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Beleza / Tendências

O que acontece se apanharmos sol na zona onde aplicámos perfume? A resposta é surpreendente

Usar perfume antes da exposição solar pode parecer inofensivo, mas é capaz deixar marcas na pele que duram muito mais do que o aroma. Eis o porquê de esta combinação ser um erro de beleza que vale a pena evitar.

Foto: Getty Images
26 de maio de 2025 às 16:38 Safiya Ayoob

Aplicar perfume antes de sair de casa é quase um ritual – daqueles toques finais que fazem toda a diferença. Um borrifo no pescoço, outro nos pulsos, talvez até , e está tudo pronto para enfrentar o dia. Mas quando essa rotina acontece antes de um passeio ao ar livre, uma ida à praia ou uma tarde numa esplanada, a combinação pode não correr assim tão bem, como conta Sara Burillo, membro da TopDoctors e dermatologista da Clínica InnDerma, à Glamour Espanha. Perfume e sol não são exatamente melhores amigos, e a pele é que acaba por pagar o preço.

O que muita gente não sabe é que certos ingredientes presentes nos perfumes reagem com a exposição solar, provocando reações que vão muito além de uma simples vermelhidão. Estamos a falar de irritações, manchas e até bolhas que podem aparecer horas depois de se apanhar sol nas zonas em que o perfume foi aplicado. A isto chama-se reação fototóxica, e sim, é bem mais comum do que se pensa.

Há até um nome mais técnico para este tipo de reação: Dermatite de Berloque. O termo pode parecer antiquado, mas o problema é muito atual. Trata-se de uma inflamação da pele que acontece quando certos compostos químicos do perfume, ao entrarem em contacto com a radiação UV, desencadeiam uma resposta agressiva do organismo. E, infelizmente, nem sempre desaparecem facilmente.

Entre os ingredientes que mais contribuem para este tipo de reação estão os óleos essenciais cítricos, como os de limão, laranja, toranja ou bergamota – este último, aliás, é um dos mais problemáticos. Também há suspeitos menos óbvios, como o gengibre, o cominho, a verbena ou até o almíscar. E, claro, o álcool, que está presente na maioria das fragrâncias e pode sensibilizar ainda mais a pele ao sol.

Por isso, aquele perfume fresco e vibrante que parece feito para os dias de verão pode, ironicamente, tornar-se num inimigo da pele se for aplicado nas alturas erradas. As zonas mais afetadas costumam ser o pescoço, o peito e os pulsos – precisamente onde o perfume é mais frequentemente colocado e onde a pele fica mais exposta ao sol.

Mas então, o que fazer? A solução não é deixar de usar perfume, mas sim saber quando e como o aplicar. Uma boa dica é borrifar a fragrância na roupa (desde que o tecido permita), ou optar por perfumes sem álcool, mais leves e pensados para o verão. Há também versões específicas sun-friendly que não contêm ingredientes fotossensibilizantes. Outra opção é simplesmente deixar o perfume para o final do dia, quando o sol já se pôs e a pele já não corre riscos.

Se, mesmo com cuidados, surgirem manchas ou irritações depois de um dia ao sol com perfume, o melhor é consultar um dermatologista. Existem tratamentos que ajudam a suavizar ou até eliminar estas marcas, mas quanto mais cedo forem identificadas, melhor.

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