Niacinamida e ácido glicólico: serão estes os próximos must-have salva-vidas da beleza?

No evento de apresentação dos novos produtos L’Oréal Paris o entusiasmo com a nova máscara de olhos Panorama é palpável. É compreensível. Das coisas que vão pelo cano abaixo ao fim do dia, a máscara de pestanas é das que mais faz para que uma mulher pareça instantaneamente mais espevitada e acordada para o mundo, e das que demora menos tempo a aplicar. Esforço mínimo para resultado máximo é uma das regras de vida desta jornalista. Como se não bastasse, é Kendall Jenner quem dá a cara a este novo produto. Para além disso, a máscara é bastante boa: tem uma escova concebida para dar um volume panorâmico – daí o nome –, com cerdas entrecruzadas que "apanham" todas as pestanas, separando-as, dando-lhes comprimento, elevação e volume. Tudo o que faz falta.

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No entanto, aqui na Máxima, embora adoremos maquilhagem, temos uma predileção por produtos que melhoram a saúde da pele. Afinal, uma pele saudável é uma pele bonita. E uma pele bonita é uma pele mais fácil e rápida de maquilhar. Por isso, o nosso entusiasmo recaiu sobre a nova linha com niacinamida: chama-se Bright Reveal e tem como objetivo reduzir as manchas de hiperpigmentação decorrentes dos danos solares, das cicatrizes pós-acne e do envelhecimento.

Esta nova gama segue o percurso da marca no sentido de dar mais visibilidade aos princípios ativos, algo que faz cada vez mais sentido, à medida que os consumidores – muito à custa das redes sociais e da imprensa especializada – vão ficando mais informados sobre que ingredientes devem procurar numa formulação em função do problema que querem ver resolvido ou melhorado. Foi assim que, na última meia dúzia de anos, palavras como retinol, ácido ascórbico, niacinamida, ácido ferúlico, ácido hialurónico, ácido sulfónico, ácido salicílico entre outras, passaram a ser mais comuns no discurso de quem se interessa por skincare. Isso fez com que estas palavras deixassem de estar em letras microscópicas, na lista de ingredientes no fundo da caixa, para começarem a aparecer na frente do produto, em letras garrafais.

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A linha Bright Reveal, que tem, então, a niacinamida como ingrediente estrela, surge no seguimento da linha Revitalift Laser, que inclui produtos com retinol como principal ingrediente e outros com ácido glicólico; da linha Revitalift Filler, com ácido hialurónico; e da linha Revitalift Clinical – outro dos lançamentos mais interessantes dos últimos tempos –, que tem o ácido ascórbico (vitamina C) como principal ingrediente.

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Ao todo, a nova linha Bright Reveal anti-manchas é composta por cinco produtos: um sérum de limpeza, um peeling, um sérum, um creme hidratante com SPF50 e um fluído diário SPF50+. A Máxima está de acordo com a L’Oréal sobre qual destes é a estrela da linha: o sérum com 7,5% de niacinamida (reduz a hiperpigmentação) e 2,5% de ácido amino-sulfónico (tem uma ação exfoliante) – esta jornalista incorporou o produto na sua rotina assim que lhe pôs as mãos em cima, mas ainda é demasiado cedo para ver resultados. Outro produto que parece muito interessante é o peeling exfoliante, com uma formulação que inclui ácido láctico, ácido glicólico, ácido salicílico, ácido mandélico e, claro, niacinamida, promove uma pele mais lisa, luminosa e suave. Não deve ser usado mais do que quatro vezes por semana, sempre à noite, e é para deixar atuar durante 15 minutos e remover. E, claro, os protetores solares são essenciais, tanto mais que as manchas são agravadas pelo sol, portanto, para quem já tem uma pele com manchas, faz todo o sentido usar um protetor com ingredientes específicos para a sua redução. Os produtos Bright Reveal custam quase todos 23,99 euros, com exceção do sérum de limpeza, que custa 7,99 euros, e do peeling exfoliante, que custa 21,99.

Por último, a L’Oréal Paris lançou uma nova linha de cabelos, muito na onda da também recente linha Elvive Bond Repair – que trouxe para preços mais acessíveis a tecnologia reparadora dos produtos Olaplex – e que tem como objetivo a reparação profunda da fibra capilar. A nova gama chama-se Elvive Glycolic Gloss e tem como objetivo dar brilho aos cabelos. É mais um caso de um ingrediente de skincare – ácido glicólico – que ruma para o tratamento de cabelo. Outro caso é a linha de Elvive Hidra Hialurónico. Aqui, a L’Oréal Paris pegou nas características suavizantes do ácido glicólico e aplicou-as em produtos de cabelo. Este ácido consegue penetrar nas fibras capilares, suavizando as cutículas, restaurando o cabelo e selando-o, ou seja, deixa-o como que impermeabilizado.

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Para além de champô e condicionador, que custam, cada um 6,65 euros, a linha tem também um tratamento de laminação – que é, talvez, o mais interessante e inovador – e ainda um sérum iluminador. O tratamento de laminação, apesar de ter uma embalagem muito semelhante ao pré-champô da gama Bond Repair, é para ser usado depois da lavagem e da hidratação com o condicionador. Deve ser aplicado durante cinco minutos e depois retirado com água – promete brilho e selagem de cutículas que dura 10 lavagens, como um tratamento de salão, mas para fazer em casa. Já o sérum iluminador ajuda a diminuir o frizz e as ponta espigadas, e tem partículas que potenciam o brilho. Tanto o tratamento de laminação quanto o sérum custam 11,99 euros.

Ainda não tivemos oportunidade de testar a linha Glycolic Gloss, mas esta jornalista da Máxima tem cabelo seco e com pontas estragadas, que é ao mesmo tempo fino e encaracolado, e anda sempre à procura de algo que resolva a secura sem dar cabo dos caracóis e sem deixar o cabelo lambido e sem graça. Talvez seja desta…

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