Relançada água de colónia com 300 anos

A Roger & Gallet mantém-se fiel a uma fórmula inventada há três séculos, e tem hoje 13 ingredientes de origem 98% natural.

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11 de janeiro de 2023 às 16:42 Rita Silva Avelar

Há perfumes que perduram no tempo. Mas há poucos com a longevidade da água de colónia Jean Marie Farina, agora reeditada pela Roger & Gallet, que tem 300 anos. A história começa bem antes: em 1693, Giovanni Paolo Feminis criou a Aqua Mirabilis, um remédio que continha 18 plantas medicinais e que podia ser aplicado no corpo ou bebido, e que acaba por ser patenteado em 1727 pela Faculdade de Medicina de Colónia. 

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Depois de muito disputada, a fórmula acabaria por ser herdada em 1787 por Jean Marie Farina, destilador, que na famosa Saint-Honoré em Paris lançou uma eau de cologne inspirada na mesma, corria o ano de 1806. Sessenta anos depois, vai parar às mãos da Roger & Gallet, que a detém até hoje e a reedita agora numa reformulação refrescante, enigmática e histórica. Diz o mito urbano que Napoleão Bonaparte era tão fã desta essência que gastava 60 garrafas por mês (ao ponto de se ter desenvolvido um frasco que encaixasse facilmente na sua bota). 

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À base de alecrim e neroli, a maturação da sua fórmula (um segredo bem guardado) dá-lhe um carisma extra, ao obter essências obtidas por destilação de ingredientes de origem vegetal, tudo isto produzido numa fábrica em Grasse e com 13 ingredientes, 98% de origem natural. O frasco é vermelho e dourado, e ostenta a assinatura de Jean Marie Farina. A água de colónia dá origem a uma linha inteira, composta por gel de banho, sabonete, e desodorizante (entre os €6,90 e os €38). Uma edição para usar, guardar, e repetir.

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